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sábado, 20 de abril de 2024

Prefeito e vice de Mundo Novo reeleitos tomam posse nesta sexta para novo mandato

O prefeito de Mundo Novo, Valdomiro “Sobrinho”, e a sua vice Rosária Andrade, ambos do PSDB, tomam posse para um novo mandato na próxima sexta-feira (1º), a partir das 10h00, no Centro Conviver Daudt Conceição.

Em comum, os dois tiveram serviços prestados a sociedade na administração pública e na esfera privada; e insucessos nas eleições proporcionais as quais concorreram. Em 2016, estreando em uma eleição para o executivo, o radialista e a assistente social se apresentaram como a “renovação” na polí­tica mundonovense e surpreenderam com uma votação expressiva – na ocasião, com 57,40% dos votos. Votação de 6.382, em uma vantagem de 1.646 votos para o então vice-prefeito Nivaldo Marques (PT).

Para 2.020, mudanças partidárias da dupla. Valdomiro e Rosária se alinharam ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e entraram nas fileiras tucanas, dando adeus ao PL (antigo PR) e PMB (Partido da Mulher Brasileira), respectivamente.

Contra dois ex-prefeitos, a dupla – mesmo ema candidatura de reeleição – conseguiu manter a linguagem da renovação e venceu com mais uma votação surpreendente. Foram 4.377 votos (43,08%), em uma diferença de 1.643 para o Antônio Cavalcante (MDB) e 1.663 para Humberto Amaducci (PT).

Atual prefeito de Mundo Novo: terminará mandato como “Maluco beleza” ou “Ovelha Negra”. Confira abaixo. (Foto: ALMS)

Valdomiro Sobrinho, de “deputado” a prefeito

Por muito tempo o atual prefeito Valdomiro Sobrinho era chamado de “deputado” pelos amigos mais í­ntimos. Fruto da aventura pela qual passou em 1.990, pelo PSDB de Terra Roxa (Pr). Após tentativa pelo tucanato guairense (cidade que residia), Sobrinho se abrigou no mesmo partido, mas em Terra Roxa, municí­pio que foi a sua porta de entrada para na região no iní­cio da década de 80.

Vindo do Piauí­, como atleta de futebol, o paranaense de Jandaia do Sul, veio jogar pelo Comercial, de Terra Roxa (1.981). De lá para a Rádio Fronteira D”oeste. Valdomiro finalmente encontrava “seu lugar ao mundo”. Como um homem, de uma tribo nômade – depois de peregrinar como atleta de futebol e até vendedor de livro no Nordeste – Valdomiro se tornava um sedentário (regional, mas um sedentário).

De lá rumou para Guaí­ra em 1.985, na Siriema FM. Depois, Mundo Novo (MS) em 1.989, para a inauguração da atual Pantanal FM (antiga Mundo Novo FM). Voltou a Guaí­ra em 1.991 e no mesmo ano para Terra Roxa. “Loucuras” de um “maluco beleza” ou uma “ovelha negra”, como sempre se intitulou em verdadeira simbiose com a música de Rita Lee.

A candidatura para deputado foi abortada. Alegou que foi notificado pela Justiça Eleitoral sobre a descompatibilização – na época, deixar de fazer os programas de rádio a seis meses da eleição. Aproveitou “a deixa” e apoiou outro candidato. Seu nome ainda saiu na urna e ele obteve votos.

Outras quatro derrotas marcaram o “polí­tico. Em 1.992, candidatura a vereador em Guaí­ra (sim, ele voltou ao municí­pio), pelo PMN e 84 votos. Em 96 – após dois anos em Curitiba na sua experiáncia televisiva (e na rádio) ao lado do amigo Carlos Ratinho Massa – novo recado amargo das urnas. Já em Mundo Novo, pelo PMDB: 57 votos.

Seu “sonho” de se tornar prefeito foi explicitado pela primeira vez no ano 2.000, após o assassinato de Dorcelina Folador. Em eleição interna do Partido dos Trabalhadores, foi “tratorado”. O escolhido, eleito trás vezes prefeito depois, foi Humberto Amaducci.

A quarta derrota aconteceu pela internet. Em “uma mera consulta” pela internet em um site sobre quem deveria ser o candidato do PT na sucessão de Humberto, Valdomiro viu Baltazar Garcia ser o mais votado. Viu apoio da máquina partidária escancarado para o pré-candidato.

Preterido pelo PT na sucessão de Humberto, Valdomiro “vendeu” os seus serviços de comunicador a oposição. Foi apresentar Antônio Cavalcante (PMDB) nos comí­cios e reuniões, além de programas de rádio, na campanha vitoriosa de Toninho em 2.008.

Enfim chegou 2016 e a candidatura – avaliada como loucura (e quem diz que não foi) – ganhou corpo nas pesquisas pré-eleitorais. De volta ao PSDB, não tinha apoio da direção partidária. Conseguiu “guarita” no Partido da República (atual PL), através do deputado Londres Machado (PR). A oposição viu que a candidatura “do louco” era irreversí­vel e a oportunidade de tirar o PT do poder municipal, real.

Mas a candidatura de um comunicador – abaixo na pirâmide social e econômica – e que havia assumido problemas com a dependáncia quí­mica era um despautério. Parte da elite social e econômica apoiava, mas atrás do muro. Com medo, vergonha e descrédito de que “aquilo” poderia dar certo. Deu, até agora… (resta saber se daqui a quatro anos ele será o “maluco beleza ou a ovelha negra”).

A incerteza era tanta em 2016 que estava difí­cil arrumar um vice. Coube a assistente social aposentada Rosária Andrade a missão. Em uma reunião, ela disse: “Sou a última opção”. Se tornou a primeira.

Rosária, das “tias” a construção da sua própria história

Rosária, em entrevista na TV Sobrinho.

Rosária iniciou sua vida profissional no interior de São Paulo. Começou no Jornal Valeparaibano, de São José dos Campos. “Comecei como recepcionista e terminei como diretora do departamento Comercial”, cita orgulhosa, ela que também foi revisora de textos.

Depois, trabalhou na Engesa (Engenheiros Especializados S.A). A empresa produzia veí­culos militares. Já Assistente Social, foi convidada pela primeira vereadora do municí­pio (77/82) Alaide de Sá (a Tia Laide) para trabalhar em Mundo Novo – o municí­pio só voltaria a ter uma representante feminina na Câmara no ano 2.000.

No primeiro mandato de Daudt Conceição (nomeado pelo Governo Militar para substituir Augusto Guedes), Rosária se tornou secretária de Saúde e Assistáncia Social. “Fui eu quem implantou o SUS em Mundo Novo”, aponta Rosária.

Após o desmembramento da Saúde e Assistáncia Social, permaneceu na Saúde, no referido mandato. Com o prefeito Kléber Côrrea (PMDB) voltou a dirigir a secretaria de Assistáncia Social. Na administração de Antônio Cavalcante foi secretária de Saúde.

Neste perí­odo, trás tentativas de chegar ao Legislativo. Em 1.988, 101 votos pelo PTB. Em 1.992, 149 votos (pelo mesmo partido). Em 2.004, a mais expressiva votação: 297 votos pelo PMDB e a 1ª supláncia.

Outra famosa “tia” mundonovense faz parte da vida da atual vice-prefeita. Trata-se da Tia Zalina, hoje nome de rua defronte ao Cemn Mickey. Cleuzalina Lucca, educadora do municí­pio e fundadora da referida escola em 1979, fez história no municí­pio e hoje dá nome, também, ao coral do centro Conviver Daudt Conceição.  Faleceu no iní­cio em 2018, mas viu a filha dar iní­cio a construção da história de uma das maiores representantes femininas do municí­pio. Depende do próximo mandato…

Fonte: TV Sobrinho

2020-12-30 10:13:00

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