22.8 C
Amambai
quarta-feira, 24 de abril de 2024

SES acende alerta para casos de Dengue em Mato Grosso do Sul

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) acendeu o alerta para a quantidade de casos registrados de Dengue em Mato Grosso do Sul.  Nos primeiros 10 meses do ano, foram registrados mais de 70,5 mil notificações e 42 mortes. As ví­timas tinham idade entre 9 a 92 anos. Ao todo, 55,7% das ví­timas são mulheres e 44,3% homens.

Para o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, no momento em que se faz necessário o isolamento social em razão da pandemia do coronaví­rus, é propí­cio para que a população faça o devido combate ao mosquito da dengue, aumentando os cuidados com a limpeza das casas e terrenos. “Aproveite o isolamento social para verificar nas residáncias se existe o criadouro do mosquito da dengue. Nós somos o segundo Estado no ranking nacional desta doença que tem ceifado muitas vidas”.

Segundo a diretora-geral de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho, os números são alarmantes diante da alta incidáncia em todos os municí­pios do Estado. “Infelizmente, muitas pessoas não estão colaborando, existem muitos criadouros nas residáncias que precisam ser eliminados pelos próprios moradores, considerando que 80% dos criadouros se concentram nas residáncias”.

Dados do Boletim Epidemiológico de Dengue apontam que os cinco municí­pios com maior incidáncia de casos são: Douradina, São Gabriel do Oeste, Anaurilândia e Ponta Porã. Dos 75 mil casos confirmados, 73% dos casos encerrados foram diagnosticados de forma clí­nica, levando em conta os sintomas e o histórico epidemiológico daquele paciente e 27% laboratorial via Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), por meio de exame RT-PCR em tempo real, detecção de anticorpo IgM e detecção de antí­geno NS1.

Das doenças transmitidas pelo vetor Aedes aegypti, a SES registrou neste ano 195 casos de Chikungunya e 71 Zika, ambas sem nenhuma morte, em Mato Grosso do Sul.

Das Ações de Combate ao Aedes aegypti

O Governo do Estado, por meio da SES, tem realizado o contato constante com os municí­pios para dar suporte técnico no enfrentamento ao combate ao Aedes aegypti. Conforme o Coordenador Estadual de Controle de Vetores da SES, Rafael Rodrigues Silva, diversas reuniões foram realizadas com os municí­pios.

“Fizemos reuniões por meio de videoconferáncia com os 79 municí­pios para uniformizar as ações de combate ao Aedes aegypti e traçamos novas estratégias para novo perí­odo epidámico que se aproxima”, destaca o coordenador.

Para tal, foi pactuado para que os municí­pios façam um Levantamento de índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) em novembro. “O Ministério da Saúde havia suspendido o LIRAa devido a pandemia do coronaví­rus, mas em contato com os municí­pios, pactuamos a realização deste LIRAa nas duas primeiras semanas de novembro. Para isso, disponibilizando todos os insumos e inseticidas que os municí­pios precisam para realizar as ações de campo”, explica Silva.

Novas bombas para borrifação, tanto costal como fumacá, utilizadas pelos municí­pios, foram adquiridas pela SES. “A bomba costal vamos enviar pelo menos um equipamento para todos os 79 municí­pios. Vão receber esses equipamentos para intensificar as ações de combate quando forem necessárias”, pontua o coordenador.

Medidas Importantes

A principal ação que a população tem que fazer é se informar, conscientizar e evitar água parada em qualquer local em que ela possa acumular, em qualquer época do ano. Hoje o mosquito tornou-se um dos maiores inimigos da saúde pública por transmitir também o ví­rus além da Dengue, o Zika e a Febre do Chikungunya.

As principais medidas de prevenção e combate ao Aedes aegypti são:

  • Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água;
  • Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;
  • Manter caixas d’água bem fechadas;
  • Remover galhos e folhas de calhas;
  • Não deixar água acumulada sobre a laje;
  • Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana;
  • Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
  • Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;
  • Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;
  • Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
  • Acondicionar pneus em locais cobertos;
  • Fazer sempre manutenção de piscinas;
  • Tampar ralos;
  • Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;
  • Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;
  • Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;
  • Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;
  • Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;
  • Catar sacos plásticos e lixo do quintal.

A ocorráncia de casos na comunidade deve ser comunicada imediatamente para as autoridades de saúde pública a fim de permitir a implementação de medidas de controle.

Fonte: Rodson Lima, SES

2020-11-03 07:35:00

Leia também

Últimas Notícias

Fale conosco Olá! Selecione um contato.