Policiais militares ambientais, cadetes da Policia Militar com especialização em veterinária e peritos da Polícia Civil e do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS) realizaram minucioso levantamento da área queimada no Pantanal, paralelamente í Operação Maitáá, da Polícia Federal. O trabalho de campo investigou a origem dos focos de calor e os impactos do fogo na fauna nos pantanais da Nhecolândia, Nabileque e Jacadigo, em Corumbá, maior município da planície.
âFicou muito claro que alguns focos de calor registrados na região começaram nas fazendas vistoriadasâ, informa o 1º tenente Anderson Ortiz Dias, comandante da unidade da PMA em Dourados e coordenador da perícia. Ele acrescentou que aguarda o laudo pericial para fundamentar o que foi constatado in loco. âO fogo não surgiu apenas por ação humana, a seca que castiga a região contribuiu muitoâ, aponta o policial ambiental.
Fauna castigada
No monitoramento da fauna, os dados são alarmantes: muitos animais mortos pelos incándios, a maioria jacarés e capivaras. Foi montada uma central de atendimento na unidade da Polícia Ambiental de Corumbá, porém não houve registro de animais resgatados porque o período de maior intensidade dos focos de calor ocorreu entre junho e agosto, explicou a veterinária Beatriz Ramos Bertoldo, cadete da Polícia Militar.
âAcompanhamos a perícia da PMA e aproveitamos o trabalho de campo para fazer um levantamento dos impactos í fauna. Verificamos um grande número de animais atingidos pelo fogo, com alguns morrendo também devido a intensidade da seca que castiga a regiãoâ, disse Beatriz. Ela informou que, ao lado da veterinária e cadete Aline Correa Bezerra e da soldado PMA Aline Barros, realizou atendimento aos animais domésticos das fazendas.
Fonte: Sílvio de Andrade/ Portal do Governo de MS
2020-09-21 07:34:00