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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Pistoleiro na fronteira, fugitivo da Máxima matou em Mundo Novo dois PMs no ano de 2016

Um dos fugitivos do Presí­dio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande, na madrugada desta terça-feira (26), Djordan William Ribas da Cruz, o Tio Billy, 24 anos, era pistoleiro na fronteira.

Em 2016, Djordan e um comparsa receberam R$ 20 mil para executar os policiais militares da reserva Valdomiro Ribeiro de Souza, 51 anos, e Elio Almeida Souza, 53 anos, em Mundo Novo, distante 476 quilômetros de Campo Grande.

Os dois PMs já haviam sido presos na Operação Fumus Malus, comandada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e PM em outubro de 2011.

Segundo a denúncia do MP/MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), no dia 1º de julho, por volta das 16h40, os policiais retornavam de da cidade paraguaia de Salto Del Guairá, em um veí­culo GM Vectra, de cor branca com placa de Naviraí­, quando ao passar pela lombada eletrônica da BR-263, próximo a Agenfa, foram surpreendidos pelos pistoleiros que estavam numa motocicleta, de cor prata, com placas do Paraguai.

Djordam cumpria pena no Presí­dio de Segurança Máxima (Foto: divulgação)

Djordan, passageiro da motocicleta pilotada por Roberto Dias Ribeiro Júnior, 25 anos, o Betim, foi quem fez os disparos contra os policiais. Depois do crime, os pistoleiros fugiram em direção ao paí­s vizinho. No local, foram localizados 13 cartuchos de pistola ponto 40. Cerca de 1 semana após a execução, os dois foram presos em Guaí­ra (PR) e confessaram o duplo homicí­dio.

í€ época, Djordan disse que foi procurado por um ;sujeito desconhecido” para fazer um “trabalho rapidinho”. O serviço contratado era a execução de dois homens em um carro branco, meio sujo, mediante recompensa de R$ 20 mil, valor que seria dividido com a pessoa que o auxiliasse,  metade para cada.  Na ocasião, foram apreendidos com os policiais, dois celulares, ticket de recibo de pedágio da concessionária CCR MSVia e mais de R$ 10 mil em dinheiro no bolso dos policiais.

Tanto Djordan quanto Roberto foram condenados em março do ano passado a 24 anos de prisão, ambos em regime fechado.

Fuga – Além de Djordan, fugiram Jonathan Gomes da Silva, conhecido como “Barata”, André Cerdeira, o “Deco”, e Paulo Ricardo Silva da Rosa, o “Bombadinho”. De acordo com a Agepen (Agáncia Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), í s 3h15, policiais penais visualizaram os detentos escalando a muralha da unidade e acionaram o alarme sonoro, mas antes que pudessem chega ao ponto do muro, os internos já havia escapado e desaparecido.

Policiais da reserva – Os dois policiais executados na época estavam entre os policiais militares detidos pela operação Fumus Malus – fumaça do mal, em latim – no fim de 2011, tendo inclusive o pedido de habeas corpus negado pela Justiça estadual. Porém, após o fim da prisão preventiva, eles foram liberados e responderam em liberdade.

A Fumus Malus começou em outubro de 2010, quando a Agáncia Central de Inteligáncia da PM recebeu denúncias contra militares que estariam facilitando a passagem de contrabando na região de fronteira. Valdomiro e Elio eram de Naviraí­. Além de Mato Grosso do Sul, a operação englobou mais sete estados.

Fonte: Viviane Oliveira/ Campo Grande News

2021-01-27 01:20:00

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