O Estado de Mato Grosso do Sul registrou 239 mortes por crimes violentos de janeiro a junho desse ano. Os números, divulgados anteontem (01) são do Monitor da Violáncia, uma ferramenta do site G1 com o Núcleo de Estudos da Violáncia da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Segundo a pesquisa, a quantidade de mortes violentas caiu cerca de 0,3% se comparado ao mesmo período do ano passado.
Em janeiro foram 46 assassinatos,enquanto em fevereiro foram 33, em março foram 41, em abril 35, em maio 37 e em junho 47 mortes violentas. No ano passado, o Estado registrou 481 crimes dessa natureza. De acordo com o secretário de Segurança Pública Carlos Videira, em Mato Grosso do Sul os grupos que mais matam são os que atuam no tráfico de drogas nas fronteiras com o Paraguai e Bolívia. Segundo ele, a repressão ao crime acontece com a forte ação das forças policiais e grupos especializados e capacitação do efetivo.
De acordo com o doutor em sociologia da USP e professor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), os grupos de pessoas que mais morrem em MS em 2018 são jovens de 15 a 29 anos, especialmente negros. Outro dado importante é que do total de mortes registradas em 2017 no Estado (7.424), quase 4 mil foram em decorráncia de arma de fogo.
índices reduzidos
Em relação a 2016 e 2017, houve uma redução no número de homicídio no Estado, cerca de 9%. Ao apresentar o balanço de 2017, o Governo do Estado destacou que o mapa que mede a violáncia lista MS como o terceiro estado mais seguro do País.
Brasil
Conforme a pesquisa, o Brasil registrou uma queda de 22% nas mortes violentas no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2018. Apesar da diminuição, o número de assassinatos, porém, continua alto. O dado mostra que há uma morte violenta a cada 12 minutos no Brasil â 118 por dia, em média. Em seis meses, houve 21.289 assassinatos, contra 27.371 no mesmo período do ano passado. São 6 mil a menos.
Estupro e morte
Nesse final de semana em Dourados a Polícia Civil apreendeu seis adolescentes acusados de estuprar e matar uma jovem de 22 anos. O corpo de Carolaine Espíndola foi encontrado num canavial na Reserva Indígena.
Sérgio Moro
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, atribuiu a queda no número de mortes violentas no país a esforços de governos locais e do governo federal, citando recordes de apreensão de drogas e transferáncia de chefes de facções criminosas para presídios federais como medidas que surtiram efeitos nos índices de criminalidade.
Moro também afirmou ao G1 que o governo está com uma política de tentar retomar o controle de vários presídios do país. ;O mérito é também do governo federal porque assistimos basicamente a uma redução da criminalidade em todo o país, o que nos leva a crer que existe uma causa nacional para a redução da criminalidade. Entre elas, recordes de apreensão de drogas, especialmente cocaína pela Polícia Federal, pela Polícia Rodoviária Federal, e o incremento da política de transferáncia e isolamento das lideranças criminosas;.
Fonte: Dourados Agora
2019-09-03 09:18:00