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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Irmãos são executados em fronteira, que já soma 251 assassinatos em 2019

A matança segue descontrolada na fronteira mais violenta do continente. Dois irmãos foram executados a tiros por um pistoleiro na madrugada desta segunda-feira (9) na Colônia Piky, em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Nestor Ramon Villagra Gadea, 37, e Ignacio Luis Villagra Gadea, 36, ambos de nacionalidade paraguaia, foram mortos assim que chegaram a um bar do povoado para comprar bebida.

Eles pediram ao dono do estabelecimento se poderiam beber na frente do bar ouvindo música. O proprietário contou í  polí­cia que deu permissão e voltou para dentro do estabelecimento momento em que ouviu os tiros, disparados pelo pistoleiro que chegou ao local de moto. Os dois irmãos morreram na hora.

De acordo com o jornal paraguaio “Ultima Hora”, um dos trás mais influentes do paí­s, a Linha Internacional entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã conta pelo menos 251 assassinatos em 2019.

Citando números não oficiais, o jornal revelou que até sábado eram 114 assassinatos em Ponta Porã e 134 em Pedro Juan Caballero. Com a morte de um idoso ontem í  noite no lado brasileiro e com a execução dos dois irmãos, o total chega a 251 assassinatos.

â€œí‰ dolorosa a situação. Parece que as pessoas solucionam seus problemas dessa forma [matando os desafetos]. Essa situação tornou-se habitual nesta área da fronteira”, afirmou em entrevista í  rádio Monumental AM o comissário Ignacio Rodrí­guez, diretor da Polí­cia Nacional no departamento de Amambay.

O promotor de Justiça Marco Amarilla disse ao jornal paraguaio que é o crime organizado que semeia a violáncia e que os fatos são mais isolados. Ele ressaltou que nos casos de homicí­dio, a maioria está relacionada a atos de vingança relacionados ao narcotráfico.

Tudo se resolve na bala – O prefeito de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo, disse ao “Ultima Hora” que a violáncia gerada pelo crime organizado é difí­cil de controlar, porque os bandidos eles são governados por seus próprios códigos. â€œí‰ difí­cil controlar, porque entre eles (aqueles que praticam atos ilí­citos) não há cheques, nem notas promissórias. Com balas está resolvido”, afirmou.

Na semana passada, foi encontrado o corpo do estudante brasileiro Alex Ziole Areco Aquino, 14, sequestrado, assassinado a tiro e esquartejado. O crime chocou os moradores das duas cidades, mesmo quem já se acostumou com tantas mortes. Genaro Lopes Martins, apontado como membro do PCC (Primeiro Comando da Capital), a mulher dele, Diana Pimentel Acosta, e um adolescente de 16 anos, irmão dela, são acusados do crime. O casal está preso e o adolescente recolhido por ordem judicial.

Fonte: Helio de Freitas/ Campo Grande News

2019-12-11 08:51:00

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