25.4 C
Amambai
quinta-feira, 18 de abril de 2024

Governo Estadual fecha 5 escolas e entrega 8 para prefeituras

A SED (Secretaria de Estado de Educação) divulgou nesta sexta-feira (29) a lista de escolas fechadas em Mato Grosso do Sul. Ao todo, são 13 escolas “reordenadas”, sendo que cinco delas encerram as atividades e 8 passam a ser municipais, ou seja, deixam de oferecer o ensino médio. 

A secretária Maria Cecí­lia Amándola da Motta explica que o reordenamento de escolas deve continuar nos próximos anos e que a justificativa é de que o Governo quer mais escolas de tempo integral. Ela explica que a escolha das escolas que deveriam fechar não foi aleatória e que uma empresa foi contratada para fazer um estudo sobre quais poderiam ser fechadas ou municipalizadas. 

O Estado tem atualmente 62 escolas de tempo integral: 29 de ensino fundamental e 33 de ensino médio. De acordo com a secretária de educação, mais 14 escolas de ensino médio e duas de fundamental devem abrir no iní­cio de 2020. 

“O reordenamento é questão de logí­stica, para que possamos investir em escolas de tempo integral. Temos uma meta de até 2024 ter 60% das escolas em tempo integral em MS”, disse a secretária. 

Os alunos das escolas fechadas terão prioridade na pré-matrí­cula, segundo a SED. Os funcionários que trabalhavam nas escolas também devem ter prioridade ao escolher uma nova escola para atuar. 

Confira lista de escolas: 

Aquidauana

E.E. Coronel Antônio Trindade: fechada 

E.E. Prof. Luiz Mongelli: entregue para Prefeitura 

Deodápolis 

E.E. Edwirges Coelho Derzi: entregue para a Prefeitura 

Dourados

E.E. Rotary Dr. Nelson de Araújo: entregue para a Prefeitura 

Glória de Dourados 

E.E. Hilda Bergo Duarte: fechada 

Campo Grande 

E.E. Nicolau Fragelli: entregue para a Prefeitura 

E.E. Prof Carlos Henrique Schrader: fechada 

E.E. Advogado Demosthenes Martins: entregue para a Prefeitura

E.E. Prof. Hilda de Souza Ferreira: entregue para a Prefeitura

Iguatemi 

E.E. Paulo Freide: fechada 

Itaquiraí­

E.E. Leopoldo Dalmolin: fechada 

Mundo Novo 

E.E. Prof. Terezinha dos Santos Mendonça: entregue para Prefeitura 

Ponta Porã 

E.E. Lions Clube de Ponta Porã: entregue para a Prefeitura 

Cinco escolas fechadas no iní­cio do ano Desde o iní­cio de 2019, cinco escolas estaduais fecharam em Mato Grosso do Sul. Por enquanto, ainda não há uma estimativa de economia com o fechamento das escolas. A titular da SED (Secretaria de Estado de Educação), Maria Cecí­lia Amándola da Motta, explicou ao Midiamax que as escolas tám sido reordenadas devido í  redução dos alunos na escola. Segundo ela, este processo é normal e natural, já que as famí­lias tám tido cada vez menos filhos. 

“Entre 2010 e 2019, houve uma redução de quase 52 mil alunos. Se a gente considerar que cada sala tem uma média de 30 alunos, são muitas salas. Antes, as famí­lias tinham até sete filhos, hoje em dia são dois, no máximo”, diz. 

Em janeiro, o Governo fechou as escolas estaduais Professor Otaviano Gonçalves da Silveira Junior, no bairro Lar do Trabalhador, e a Zamenhof, no Amambaí­. Antes, outras duas escolas haviam fechado: a Riachuelo, na Capital e Abadia Faustino, em Camapuã, a 135 km de Campo Grande. Em julho, o governo ainda fechou o ensino noturno na Escola Estadual José Barbosa Rodrigues, no bairro Universitário.

A Escola Riachuelo, que teve o maior número de reclamações no fim de dezembro, quando foi “transferida” para um dos andares da Escola Hércules Maymone, a aproximadamente seis quilômetros de distância. 

A respeito do fechamento de escolas e reordenação dos alunos para outras unidades, a secretária disse que em Campo Grande há passe de ônibus para os estudantes. “Em Campo Grande tem o passe do estudante. Preferimos diminuir o número de escolas e equipar melhor as outras. Não tem motivo ara ter escolas vizinhas com 200, 300 alunos”, disse. 

Fechamento de escola preocupa comunidades indí­genas 

Enquanto quatro escolas são entregues para a Prefeitura em Campo Grande, uma será fechada. O anúncio do fechamento da Escola Estadual Prof° Carlos Henrique Schrader, no bairro Flamboyant, tem preocupado não só alunos e professores, mas toda a Aldeia Indí­gena Urbana Marçal de Souza, localizada no bairro Tiradentes. 

Segundo o Cacique Josias Jordão Ramires, o maior medo da comunidade é a desistáncia em massa por parte dos alunos. O vice-presidente da comunidade Rodrigo Soares, alerta ainda para as dificuldades que as famí­lias passam e que o deslocamento desses alunos para um local distante traz também uma preocupação para a liderança. 

“A gente sabe que a realidade de muitas famí­lias do portão para dentro das casas não é das melhores, muitas vivem com uma renda baixa, e aí­ tem o custo do deslocamento, porque passe de estudante atrasa. Além disso, a questão da merenda, tem muito aluno que só come na escola. Tem casa que tem 4 filhos na escola, imaginar pagar o vale transporte todos os dias por pelo menos 1 más até esse vale transporte chegar? ”, destacou. 

*Com informações do Midiamax 

Fonte: Jornal do Conesul

2019-12-02 08:26:00

Leia também

Últimas Notícias

Fale conosco Olá! Selecione um contato.