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Amambai
quinta-feira, 25 de abril de 2024

Falta de chuva provoca perda em Amambai e região

Chuva que voltou na tarde dessa segunda (17) ameniza, mas perdas já podem ultrapassar os 30% em Amambai e os 35% em Aral Moreira, segundo sindicatos rurais.

A escassez de chuva registrada dos últimos quarenta dias provocou perdas significativas na cultura da soja em Amambai e em municí­pios da região Cone Sul do Estado, em Mato Grosso do Sul.

Após perí­odo turbulento na época do plantio, com estradas danificadas por conta das chuvas constantes e em determinadas lavouras sendo necessário inclusive o replantio por conta de danos provocados pelo grande volume de água, do iní­cio de novembro para cá a chuva se tornou cada vez mais escassa na região, exatamente no momento de florada e da formação do grão na vagem, perí­odo em que, segundo os especialistas a soja mais precisa de chuva aliada a luz do dia para garantir boa produtividade.

Procurado pela reportagem do grupo A Gazeta o engenheiro agrônomo e presidente do Sindicato Rural de Sete Quedas, Paulo Maria Pereira, o “Paulo Tchá”, como é mais conhecido, ressaltou que no municí­pio, que tem entre 23,5 a 24 mil hectares plantados com a oleaginosa, a perda na soja por questões climáticas até o momento varia entre 8 e 9%.

Segundo Paulo Pereira esse í­ndice menor de perda em relação a região se dá tendo em vista que, apesar de ocorrer em pouco volume pluviométrico, a chuva tem caí­do com maior frequáncia no municí­pio.

A preocupação, segundo o presidente do Sindicato Rural é em relação ao forte calor, que segundo o engenheiro agrônomo, pode prejudicar a planta em um perí­odo fundamental que define a máxima da cultura da soja, que é na florada e na formação da vagem.

Amambai já perdeu cerca de 30%

No municí­pio de Amambai, onde a área plantada com soja gira em torno de 78 mil hectares e vem aumentando anualmente, a perda de produtividade nas lavouras de soja variam entre 28 e 30%.

A avaliação foi repassada nessa segunda-feira, 17 de dezembro, í  reportagem do grupo A Gazeta pelo presidente do Sindicato Rural de Amambai, Rodrigo Lorenzetti e pelo técnico agropecuário Sérgio Costa Curta, do escritório de planejamento agropecuário Agrotec, um dos responsáveis por fornecer dados da agricultura do municí­pio ao IBGE.

Segundo Sérgio Costa Curta, esse percentual em relação í  produtividade da safra atual pode impactar em uma redução de 21% na média de produção do municí­pio, que na safra de 2017/2018 foi de 64 sacas por hectare.

A preocupação, segundo Costa Curta e Rodrigo Lorenzetti é que não há previsão de chuvas com elevados í­ndices pluviométricos para Amambai e região até pelo menos o próximo final de semana e uma semana inteira de sol e calor escaldante como vem ocorrendo poderá fazer aumentar ainda mais o percentual de perda na cultura da soja.

Na tarde dessa segunda-feira, dia 17, uma pancada de chuva de aproximadamente 18 milí­metros atingiu o perí­metro urbano, em Amambai e apenas parte da área agricultável do municí­pio.

Perdas em Aral Moreira e Caarapó

No municí­pio de Aral Moreira, que tem cerca de 90% do território destinado a agricultura, a perda na lavoura de soja por conta da falta de chuva já gira entre 35 e 40%, segundo informou nessa segunda-feira í  reportagem do A Gazeta o presidente do Sindicato Rural local, Edson Bastos.

No municí­pio de Caarapó, que tem 94 mil hectares de soja plantados, a perda na safra 2018/2019 por conta da falta de chuva já chega a aproximadamente 15%, segundo o presidente do Sindicato Rural local, Carlos Eduardo Macedo Marquez, o “Kaká”.

Vilson Nascimento

2018-12-18 13:11:00

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