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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Do nascimento à terceira idade, o brasileiro toma 18 tipos diferentes de vacina

Com a aprovação da Anvisa para o uso emergencial das vacinas da Coronavac e AstraZeneca e o iní­cio da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, outro grande desafio surge: os boatos e as ;fake news; que colocam em risco a credibilidade dos imunizantes. Muita gente ainda resiste mesmo sabendo que a “esperança” é fruto de meses de trabalho da comunidade cientí­fica mundial.

Uma pesquisa (Ibope) encomendada pela Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) e Avaaz feita com 2 mil brasileiros acima de 16 anos no final do ano passado, mostra que 67% – cerca de sete a cada dez brasileiros- acreditam em alguma informação falsa relacionada í  vacinação.

O estudo mostra evidências de que as notí­cias falsas tenham impactado na decisão de não se vacinar. Entre os que responderam que não se vacinariam, 57% relataram pelo menos um motivo considerado como desinformação pelos profissionais da SBIm e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Fato é que desde que nascemos, tomamos pelo menos 18 tipos de vacinas ao longo da vida. Algumas com até trás doses aplicadas em perí­odos diferentes. BCG, trí­plice bacteriana, poliomielite, influenza, HPV, varicela (catapora), difteria e tétano são algumas das vacinas que integram o Programa Nacional de Imunizações do Brasil (PNI), considerado o maior programa de imunização gratuita do mundo, e que permite que a população tenha acesso a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 

As vacinas ajudam a evitar desde doenças mais simples, como uma gripe, até problemas mais sérios que podem evoluir para um câncer. Portanto, não devem ser ignoradas pela população.  A gerente técnica de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Ana Paula Rezende Goldfinger, explica que as vacinas tám o propósito de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos. 

“O Brasil sempre foi referáncia mundial de imunização, uma vez que oferta de forma gratuita várias vacinas pelo Sus. Mas a alguns anos estamos notando uma baixa quanto as coberturas vacinais, não estamos atingindo metas que antes eram facilmente atingidas. A população não está pensando no perigo que poderemos enfrentar caso tenhamos a introdução de ví­rus antes eliminados retornarem”, alertou.

Sobre a resistáncia da população í s doses da Coronavac e AstraZeneca, ela reforça que os imunizantes são rigorosamente testados e avaliados até que possam ser liberados e ofertados para população. “Tem eficácia comprovada, previnem doenças e em alguns casos erradicas, como é o caso da poliomielite, que não existe no Brasil desde o iní­cio dos anos 90 devido í s polí­ticas de prevenção do Ministério da Saúde”.  

A saúde do brasileiro x insumos chineses

Para os que acreditam em teorias da conspiração, a realidade é que há muito tempo boa parte dos remédios no Brasil são produzidos com insumos vindos da China, que nos últimos 20 anos se tornou uma potáncia em produção de medicamentos.

Os laboratórios nacionais importam cerca de 95% dos chamados insumos farmacáuticos ativos, que é a substância que dá ao medicamento a sua caracterí­stica farmacáutica, ou seja, aquilo que faz com que um determinado medicamento funcione.

Relatório publicado em outubro pela Anvisa (Agáncia Nacional de Vigilância Sanitária) mostra que os dois maiores fornecedores do Brasil são índia (37% dos princí­pios ativos, biológicos ou não) e China (35%).

;Por razões econômicas e tecnológicas, o mundo todo importa insumos desses dois paí­ses;, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacáuticos (Abiquifi), Norberto Prestes em entrevista í  BBC. 

Fonte: Mireli Obando, Subcom

2021-01-31 17:38:00

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