Técnicos do Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) avaliam que a chuvarada de 20 a 100 milímetros que caiu em todo o território sul-mato-grossense no final de janeiro pode atrasar em uma semana a colheita da soja e consequentemente o plantio do milho.
Essa informação consta no mais recente boletim Casa Rural divulgado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), que mantém a estimativa de produtividade em 53 sacas por hectare e a projeção de produção de 11,591 milhões de toneladas.
A novidade dessa publicação é justamente a avaliação de que âos eventos climáticos do más de janeiro, principalmente a menor insolação e a alta umidade, podem ter provocado a redução do metabolismo da cultura, retardando assim a maturação e a operação de dessecaçãoâ.
âCom isso, acredita-se que poderá haver atraso de uma semana na colheita da soja e no plantio do milho 2ª safraâ, descreve o documento, que também alerta os produtores a ficarem atentos í s doenças de finais de ciclo, já que âa umidade elevada e alta temperatura favorecem o desenvolvimento de doenças no campoâ.
Mesmo assim, o Siga-MS apurou que 93% das lavouras de soja do Estado estão em boas condições. Outros 6% foram classificados como regular e apenas 1% ruim.
De acordo com o boletim, âpara um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem a perda produtiva em alto potencialâ.
âEm uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucas moléstias por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimentoâ, descreve. âUm cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividadeâ, finaliza.
Na região Sul, onde estão os municípios de Itaporã, Douradina, Dourados, Deodápolis, Angélica, Ivinhema, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Caarapó e Juti, há os melhores índices: 98,7% bom, 1,3% regular, e 0,0% ruim.
Fonte: André Bento/ Douradosnews
2021-02-03 15:55:00