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quinta-feira, 28 de março de 2024

Ataques de abelhas podem ser evitados com alguns cuidados, alerta Corpo de Bombeiros

Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

Luciana Brazil, Sejusp

Apesar de serem comuns durante todo o ano, os ataques de abelhas crescem consideravelmente entre as estações da primavera e verão, já que esses insetos ficam mais agitados e agressivos com o calor. Nesta semana, um idoso de 70 anos foi ví­tima de um enxame em uma praça, em Trás Lagoas, mas foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e passa bem. Para evitar esses acidentes, a Corporação dá dicas importantes.

A preocupação com enxame ou colmeia de abelhas não é em vão, já que em caso de ataque desses insetos, dependendo da quantidade de picadas, a ví­tima pode morrer, em especial os alérgicos. A primeira orientação do Corpo de Bombeiros é que a unidade militar seja acionada e que todos mantenham distância do local onde o enxame ou mesmo a colmeia tenham sido vistos.

“Seja em um enxame, com abelhas migratórias (em deslocamento), ou em uma colmeia (abrigo construí­do em um local fixo), a primeira dica de segurança é se afastar do local e acionar o Corpo de Bombeiros. Nós fazemos a vistoria e o extermí­nio do inseto. Em muitos casos, apicultores são chamados para realizar a retiradas das abelhas e levá-las para um local apropriado na natureza”, explicou o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, Antonio Cezar Pereira.

Porém, quando ocorre um ataque de abelhas, a recomendação é clara: corra. “Fugi, correr e se afastar o mais rápido possí­vel do local da colmeia porque esse tipo de inseto quer proteger a colmeia que, para eles, está sob ataque. Algumas pessoas acham que devem agachar, mas isso não é recomendado”, ressaltou.

Apicultura. Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

Outra dica valiosa é informar í s pessoas que frequentam aquele determinado local para que se afastem, evitando que se surpreendam com o perigo. A sensibilidade destes insetos também precisa ser levada em conta. “As abelhas são sensí­veis a barulho e também a odores fortes. Então, além de acionar o Corpo de Bombeiros e isolar o local, é preciso ficar atento a esses detalhes. Não fazer barulho, não exalar essáncias ou cheios fortes. As abelhas podem ficar agressivas nestes casos”, explicou.

Jogar inseticida, colocar fogo, jogar pedra ou qualquer outro objeto nas abelhas não faz parte das recomendações de segurança, pelo contrário, a situação pode se agravar. “Também é importante retirar ao animas de estimação do local, já que as abelhas também podem atacar os pets”, lembrou o coronel.

Com as plantas florindo na primavera, as abelhas iniciam de forma intensa a colheita do néctar e do pólen. Também é neste perí­odo do ano, entre a primavera e o verão, que se concentra a temporada de reprodução das abelhas. Elas se reproduzem e começam a buscar um local para fazer a colmeia e ali se instalar. Esse processo é chamado de enxameação, quando a rainha, acompanhada de abelhas operárias deixa um lugar í  procura de um novo lar. Estes enxames migratórios podem assustar.

O coronel Cezar explica que no caso das abelhas que estão migrando, é comum que elas façam paradas para o descanso. “Neste caso, elas param em qualquer lugar. Então é preciso estar atento e não se apavorar”.

Se mesmo com todas as estratégias de segurança houver algum incidente, é importante observar as reações alérgicas. Para o coordenador estadual de Vigilância em Saúde Ambiental e do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), Karyston Adriel Machado, nos casos de ví­timas hipersensí­veis ao veneno do inseto – que já tem conhecimento desta condição alérgica-, ou que após uma única picada sinta falta de ar, o atendimento médico deve ser urgente.

Resgate de cachorro atacado por abelhas. Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

Alérgicos

A ferroada das abelhas pode se tornar altamente perigosa quando atinge organismos sensí­veis ao veneno, podendo causar a anafilaxia – também chamada de choque anafilático-, uma reação alérgica aguda que pode ser fatal, causando dificuldade para respirar, sensação de garganta fechada, inchaço na boca, lí­ngua, entre outros sintomas. í‰ importante ressaltar que a alergia, seja ela alimentar ou de picada de insetos, pode ser desenvolvida. Ou seja, mesmo para quem já sofreu picadas, mas não teve reações, a imunidade não é algo garantido.

;Por isso ficar atento aos sintomas é fundamental. Para os alérgicos, que já sabem desta condição, evitar o agravamento da picada é mais fácil porque geralmente já possuem a orientação médica do que tomar, que pode ser desde uma adrenalina injetável até um anti-histamí­nico. Para os demais, os sintomas serão o indicativo de que não há nada com o que se preocupar ou se é necessário buscar atendimento médico;, explicou Karyston.

Com exceção dos alérgicos, as reações em caso de picada – muitas ou poucas ferroadas-, sempre depende do organismo de cada um. ;Para uma criança, cinco picadas podem ser mais preocupantes e talvez seja importante levar até a uma unidade de saúde para acompanhar a evolução do veneno na corrente sanguí­nea. Já para um adulto, pode ser que estas mesmo cinco picadas não sejam um grande problema, com exceção da dor;, avaliou Karyston.

“Para a picada de abelha não existe antí­doto e a ida até um hospital precisa ser avaliada, frisando que me refiro aos não alérgicos.  í‰ necessário avaliar a quantidade de ferroadas, se é adulto ou criança e ficar atento aos sintomas. Também é importante procurar a unidade de saúde quando ficam muitos ferrões da abelha na pele, porque eles devem ser retirados de forma correta.  Se houver uma grande quantidade de picadas, iní­cio de falta de ar ou muita dor, é de extrema importância procurar atendimento médico para que a ví­tima seja monitorada evitando reações alérgicas mais crí­ticas ou sintomas mais graves;.

2023-02-10 09:05:00

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