15.1 C
Amambai
sábado, 20 de abril de 2024

Amambai conta com uma forte rede de atendimento à mulher

A Polí­cia Militar pede para que as mulheres quem tám medidas protetivas, que em caso de mudança de endereço ou de telefone, avisem imediatamente í  polí­cia pelo 190, para garantir a fiscalização.

Recentemente a Polí­cia Civil de Amambai  registrou o segundo caso chocante de feminicí­dio de 2019. No primeiro caso, a ví­tima, uma menina de 12 anos, foi estuprada e assassinada pelos primos e no segundo, um homem de 48 anos tirou a vida de sua esposa de 38 anos, por não aceitar a separação. Os dois crimes foram cometidos na Aldeia Amambai.

A delegada de Polí­cia Civil de Amambai, Larissa Serpa,  contou í  reportagem do jornal a Gazeta, que infelizmente, quase todos os dias há registros de ocorráncias de violáncia contra a mulher.

Nos últimos anos, o municí­pio tem fortalecido cada vez mais a rede de atendimento í  mulher garantido cada vez mais informações e segurança para que elas possam denunciar e buscar soluções ao problema.

Além de contar com uma delegada na Polí­cia Civil, Amambai conta com o Programa Mulher Segura da Polí­cia Militar (PROMUSE) e o trabalho desenvolvido pela Prefeitura de Amambai, por meio da Coordenadoria Municipal de Polí­ticas Públicas, Secretaria de Saúde e de Assistáncia Social. Há um intenso trabalho acontecendo diariamente em busca da prevenção í  violáncia e também de proteção í  mulher.

De acordo com dados fornecidos pela equipe técnica do PROMUSE, só nos registros da Polí­cia Militar são 152 medidas protetivas no municí­pio. A equipe explicou í  reportagem do Jornal A Gazeta que não houve aumento nos casos de violáncia doméstica nos últimos anos, o que aumentou foi a informação da sociedade e o preparo dos órgãos competentes para atender os casos.

Em Amambai, a PM faz a fiscalização do cumprimento das medidas protetivas.  â€œ Em outras cidades, por exemplo essa medida protetiva nada mais é do que uma folha de papel. Então, vocá colocar alguém para fiscalizar essa medida protetiva é dar efetividade ao que a Lei Maria da Penha imaginou. Dá um respaldo posterior, não é apenas um pedaço de papel que não protege ela de nada”, enfatizou a delegada Larissa Serpa.

As ví­timas tám recebido cada vez mais informações que as encorajam a romper com cí­rculo da violáncia. Todo trabalho que vem sendo realizado tám mostrado í s mulheres que elas não estão sozinhas e devem sim denunciar e se proteger.

 â€œNós temos uma rede de atendimento a mulher bem fortalecida. A Prefeitura dá um enfoque importante desde que implantou a coordenadoria de polí­ticas públicas para as mulheres, que visa não só atendimento í s ví­timas, mas também toda uma forma de uma promoção da mulher no contexto social e da valorização desta mulher. Na delegacia de Amambai, nós temos o Setor de Atendimento a Mulher (SAM). Este setor é um núcleo criado dentro da delegacia pra atendimento especializado somente de casos de violáncia doméstica e de violáncia contra a mulher de um modo geral”, informou a delegada.

Crime

Desde abril de 2018, é considerado crime o descumprimento de medidas protetivas determinadas pela Lei Maria da Penha. A Lei 13.641/2018 estabelece pena de detenção de trás meses a dois anos para quem desobedecer a decisão judicial.

As medidas protetivas podem ser impostas por juí­zes para proteger mulheres ví­timas de algum tipo de violáncia doméstica ou familiar. Seu objetivo é afastar o agressor do lar ou do local de conviváncia com a mulher.

Luta constante

A delegada Larissa Serpa também falou sobre o real objetivo do movimento feminista e afirmou que, por meio da educação, é possí­vel vencer o machismo. “Muitos entendem o feminismo de maneira deturpada. Na verdade esse movimento não busca a prevaláncia e preponderância da mulher sobre o homem de maneira alguma; o que o feminismo busca é que exista uma igualdade entre as mulheres e os homens, uma igualdade de gánero. Nós sabemos que há diferenças entre mulheres e homens, diferenças fí­sicas notáveis, mas o que nós queremos é que haja uma igualdade na medida da proporção das nossas desigualdades e que primeiro de tudo, nós sejamos respeitadas como mulheres que somos dentro da sociedade. O machismo é uma construção e tudo que pode ser construí­do, também pode ser destruí­do. Nós precisamos educar a população, educar nossos filhos.”, ressaltou a delegada.

Denúncia

Para denunciar casos urgentes de violáncia  é só ligar no 190, para que a Polí­cia Militar possa atender a ocorráncia imediatamente.  O 180 também é utilizado para receber denúncias de violáncia, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento í  mulher e também para orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário. 

A Polí­cia Civil de Amambai conta com o trabalho da delegada Larissa Serpa.

2019-03-06 18:08:00

Leia também

Últimas Notícias

Fale conosco Olá! Selecione um contato.