Ao chegar na ala vermelha do hospital, cabo conta que encontrou pacientes em situações tão graves, que ;até parou de sentir dor;. Quarta cirurgia ocorrerá em novembro.
Como todo bom soldado, pronto novamente para a batalha. í o pensamento que norteia o cabo do Batalhão de Choque, Gustavo Leite Serafim, de 34 anos, que há 8 atua na Polícia Militar e foi recentemente atacado por um pit bull. Em casa, após passar por duas cirurgias de reconstrução da face, ele fala pela 1ª vez e diz que ;a gente tem que aprender a agradecer a Deus por estar vivo;.
;No momento do acidente, o único reflexo que eu tive foi colocar a mão no pescoço e até por isso ele mordeu o meu dedão também. Se a mordida fosse lá, não estaria aqui para contar história. A primeira coisa que passei depois, foi a aceitação de que era uma fatalidade. Graças a Deus e com apoio de familiares, amigos, equipe médica e toda a corporação, tive psicológico bom para seguir adiante. Não adianta ficar se lamentando, seria muito pior;, afirmou o policial.
Processo de reconstrução
Ao chegar na ala vermelha da Santa Casa, Gustavo conta que encontrou pacientes em situações tão graves que ;até parou de sentir dor;. ;Ver muitas pessoas daquela maneira me deu uma baita lição. Precisamos agradecer o dom da vida. No meu caso, consegui fazer o procedimento com um médico especialista, que fez uma microcirurgia inervada e são 90 dias de tratamento desde o ocorrido;, disse.
No caso da 4ª cirurgia, que deve ocorrer no más de novembro deste ano, o policial conta que a intenção é continuar o processo de reconstrução do lábio. ;Será pego uma porção de dentro da bochecha para fazer uma carne muito parecida do que é originalmente e, ao longo do tempo, vai voltando aos poucos a sensibilidade e o movimento. Na verdade, isto já está acontecendo. Em breve, no final do ano, no máximo até janeiro, já quero estar trabalhando;, comentou Serafim.
Entenda o caso
O caso ocorreu há 1 más e seis dias, quando a vítima estava na casa do vizinho e, conforme a família, conhecia o animal. Ao sair, o cão acompanhou e a vítima então o puxou pela coleira, com intenção de não deixar ele sair do imóvel. Quando o alcançou, o cabo tentou colocar ele de volta na casa, tropeçou e o cão o mordeu na região do queixo, dilacerando a mandíbula e bochechas.
;Ele estava de folga, visitando o amigo e já indo embora, quando foi guardar o cão e levou a mordida. Foi uma reação violenta, acho que o animal assustou e por isso houve este estrago. Eu consegui uma liberação para acompanhá-lo e agora ele está calmo, devido ao apoio dos colegas. Neste primeiro momento, estamos priorizando a cirurgia para que ele volte a ter sensibilidade e um possível movimento para comer e falar direito;, afirmou na ocasião Elizandra.
Fonte: G1
2018-10-17 18:23:35