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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Clima de guerra e prisão: Choque deixa fazenda, mas invasão continua

Policiais afirmam que sede da fazenda foi saqueada, mas apenas um í­ndio de 70 anos encontrado em cômodo da casa foi preso

Após dois dias de operação, homens do Batalhão de Choque da Polí­cia Militar deixaram a fazenda Santa Maria, no municí­pio de Caarapó, a 283 km de Campo Grande. A equipe estava no local desde domingo, quando pelo menos cem í­ndios Guarani-Kaiowá invadiram a propriedade.

Até o helicóptero da PM foi usado na ação. íreas ao redor da sede da fazenda foram queimadas e a sede foi saqueada, segundo a polí­cia. Porcos, gáneros alimentí­cios, móveis e até uma geladeira teriam sido roubados.

Ao Campo Grande News, policiais que participaram da operação afirmaram que o Batalhão de Choque foi acionado após funcionários serem feitos reféns e a sede da fazenda ser saqueada. Após a situação ser controlada e os reféns libertados, os policiais deixaram a área.

Preso – Ambrósio Alcebí­ades, 70 anos de idade, foi preso em flagrante por roubo e resistáncia. Encontrado em uma das casas da sede da fazenda, ele teria investido contra os policiais armado com uma faca. Levado para a delegacia de Polí­cia Civil, Ambrósio foi autuado em flagrante e continua preso, segundo o delegado Anezio Rosa de Andrade.

Conforme policiais do Batalhão de Choque, os í­ndios continuam ocupando a fazenda, que pertence a um médico residente em São Paulo.

Eles estão a pelo menos 300 metros da sede. “Quando chegamos ao local no domingo os í­ndios já tinham deixado a sede, que foi saqueada, mas eles continuam ocupando a fazenda”, afirmou um policial í  reportagem.

A invasão – Localizada perto da estrada que liga Caarapó a Laguna Carapã, a fazenda Santa Maria foi invadida no domingo de manhã. Os funcionários afirmam que os í­ndios chegaram gritando. Armados com flechas e pedaços de pau, eles teriam colocado fogo no pasto e fizeram alguns funcionários de reféns.

Policiais militares de Caarapó e de Dourados foram chamados e conseguiram libertar os reféns, mas os moradores não puderam retirar seus pertences. Em grupos de WhatsApp, uma funcionária reclamou que a PM não deixou que entrassem com uma caminhonete para retirar móveis, roupas e alimentos.

A chegada do helicóptero da PM e do Batalhão de Choque, ainda no domingo, provocou correria entre os í­ndios. A situação ficou tensa quando os policiais, usando escudos, avançaram em direção ao grupo, como mostra o ví­deo abaixo.

A Santa Maria é uma das fazendas reivindicadas pelos í­ndios da aldeia Tey Kuá. Desde 2016, eles já ocuparam pelo menos 18 propriedades, entre fazendas e sí­tios.

Fonte: CGN

2018-08-28 11:33:22

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