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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Bolsonaro diz que incêndios não podem gerar sanções ao Brasil

O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, na noite de hoje (23), para anunciar medidas de combate aos incándios e ao desmatamento na Amazônia. Nesta sexta-feira, o governo autorizou a atuação das Forças Armadas na região, caso seja solicitada pelos governadores. Ele argumentou que incándios florestais ocorrem em outras partes do mundo e não podem gerar sanções internacionais ao Brasil. 

;Incándios florestais existem em todo o mundo. Isso não pode ser pretexto para possí­veis sanções internacionais. O Brasil continuará sendo, como foi até hoje, um paí­s amigo de todos e responsável pela proteção de sua Floresta Amazônica;, afirmou.   

Bolsonaro disse que as queimadas das últimas semanas estão na média dos últimos 15 anos, mas que o governo não está satisfeito e vai atuar para conter os focos de incándio. ;Estamos em uma estação tradicionalmente quente, seca e de ventos fortes, e que todos os anos, infelizmente, ocorrem queimadas na região amazônica. Nos anos mais chuvosos, as queimadas são menos intensas. Em anos mais quentes, como neste, 2019, elas ocorrem com maior frequáncia. De todo modo, mesmo que as queimadas deste ano não estejam fora da média dos últimos 15 anos, não estamos satisfeitos com o que estamos assistindo. Vamos atuar fortemente para controlar os incándios na Amazônia;, disse o presidente. O pronunciamento durou pouco mais de 4 minutos.

Bolsonaro disse que seu governo tem compromisso no combate í  criminalidade, inclusive na área ambiental, e destacou o apoio oferecido aos estados da Amazônia Legal. ;Somos um governo com tolerância zero contra a criminalidade, e na área ambiental não será diferente. Por essa razão, oferecemos ajuda a todos os estados da Amazônia Legal. Com relação í queles que a aceitarem, autorizarei operação de garantia da lei e da ordem, uma verdadeira GLO [Garantia de Lei e da Ordem] ambiental. O emprego extensivo de pessoal e equipamentos das Forças Armadas, auxiliares e outras agáncias, permitirá não apenas combater as atividades ilegais, como também conter o avanço de queimadas na região;. 

O decreto de GLO, que autoriza o uso das Forças Armadas, vale para regiões de fronteira, terras indí­genas, unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal.  Os governadores de Roraima e Rondônia foram os primeiros a solicitar ação dos militares federais em seus territórios. 

Preservação – No pronunciamento, Bolsonaro disse ainda que o problema precisa ser tratado com ;serenidade; e voltou a criticar manifestações dentro e fora do Brasil que, segundo ele, espalharam informações infundadas. ;Espalhar dados e mensagens infundadas, dentro e fora do Brasil, não contribui para resolver o problema e se prestam apenas ao uso polí­tico e í  desinformação;. 

;O Brasil é exemplo de sustentabilidade. Conserva mais de 60% de sua vegetação nativa, possui uma lei ambiental moderna, um Código Florestal que deveria servir de modelo para o mundo. Temos uma matriz energética limpa, renovável e com ela estamos dando grande contribuição ao planeta. Diversos paí­ses desenvolvidos, por outro lado, ainda não conseguiram avançar com seus compromissos no âmbito do Acordo de Paris;, acrescentou o presidente. 

Bolsonaro concluiu sua fala dizendo-se aberto ao diálogo, ;com base no respeito, na verdade, e cientes da nossa soberania;. Ele disse ainda que outros paí­ses ofereceram ajuda ao Brasil para combater as queimadas e que vão reforçar a posição brasileira na reunião do G7, marcada para este final de semana, na França, e que deve discutir os incándios florestais na Amazônia, entre outros temas. O G7 é formado por EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão.

Fonte: Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agáncia Brasil

2019-08-24 10:10:00

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