Pautas importantes para Mato Grosso do Sul avançaram na semana passada com a atuação do governador Reinaldo Azambuja nas cidades de Brasília (DF) e Curitiba (PR). Antes de sair de férias, no dia 8 de agosto, o governador acertou com a compra compartilhada de medicamentos entre sete estados brasileiros e tratou de investimentos chineses no novo projeto da Estrada de Ferro Paraná Oeste (Ferroeste), cujo traçado deve beneficiar Mato Grosso do Sul. O gestor ficará fora do comando do Estado até 20 de agosto. Neste período, o vice-governador Murilo Zauith assume o Executivo.
Desde que assumiu em janeiro deste ano a presidáncia do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central, Reinaldo Azambuja tem trabalhado para viabilizar a compra compartilhada de medicamentos entre o Distrito Federal e os estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins â membros do bloco econômico. Na terça-feira passada, ele assinou um memorando de entendimento com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops) que viabiliza a aquisição, que objetiva aumentar o poder de compra e reduzir o preço de remédios e equipamentos.
âComprando conjuntamente, a gente espera baratear o custo. Vamos ter condições de ter um valor menor. Planejando a compra, vamos ter um ganho de escala porque vamos comprar todos os estados conjuntamente e a Unops tem uma experiáncia nisso. Ela é um braço da ONU que organiza as questões de saúde. Não é só medicamento. Nós podemos comprar equipamentosâ, afirmou Reinaldo Azambuja. Segundo ele, os estados já se preparam para fazer a primeira aquisição, com pagamento í vista, usando recursos dos Tesouros estaduais. âDentro de 15 dias já temos a lista toda fechada dos medicamentos e os valoresâ, declarou.
Ferroeste – Já no Paraná, o governador se reuniu na última quarta-feira com representantes de grupos empresariais chineses e portugueses no Brasil para discutir formas de investimento no novo projeto da Ferroeste, que pretende ligar os portos de Paranaguá (PR) e Antofagasta, no Chile, passando por Mato Grosso do Sul. Possibilidades de rotas e ramais que ligarão Brasil e Chile, cortando o Paraguai e a Argentina, foram apresentadas no encontro na sede do governo paranaense. Um grupo de trabalho do estado vizinho vai avaliar qual o melhor modelo a ser seguido. Atualmente, a Ferroeste liga as cidades de Cascavel a Guarapuava.
Mato Grosso do Sul tem interesse na construção de uma nova linha de escoamento da produção por meio do Oceano Pacífico. âSeremos mais competitivos com essa nova saída. Agora é olhar a melhor lógica e modelagemâ, afirmou Reinaldo Azambuja. Ele ainda defendeu a discussão conjunta do traçado, uma vez que a integração logística dá mais competitividade aos produtos brasileiros e asiáticos. O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, também reafirmou a relevância do projeto. âí um sonho tirar do papel o corredor bioceânico, mas qualquer decisão depende do Governo Federal. Precisamos vencer a burocraciaâ, destacou.
Bruno Chaves, Subsecretaria de Comunicação (Subcom)
2019-08-13 11:07:00