A colheita do milho em Mato Grosso do Sul alcançou 8,2% da área total até o último dia 21 deste mês. As informações foram divulgadas pela Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) por meio do boletim semanal de monitoramento.
Ao todo, três regiões (sul, centro e norte) estão entre as mais avançadas, com 10,6%, 3,2% e 2,9% de área colhida, respectivamente.
A estimativa é que a 2ª safra seja 5,8% menor em relação ao ciclo passado (2022/2023), atingindo a área de 2,2 milhões de hectares.
A produção é estimada em 11,4 milhões de toneladas, uma queda de 19,2%, e a produtividade é prevista em 86,3 sacas por hectare, uma retração de 14,25%.
O analista de economia da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, detalhou que o preço ponderado de comercialização do milho 2023/24 está em R$ 48,71 a saca de 60kg. Na safra anterior, o valor estava em R$ 70,69.
“Com a produtividade média do estado em 86,3 sc/ha, isso representa uma redução de 45 milhões de sacas produzidas entre as safras 23/24 e 22/23. A receita gerada é 4,3% menor do que em 22/23, são 7,4 bilhões a menos que a receita da safra anterior”.
A explicação para as perdas está no estresse hídrico. “Afetou uma área total de 785 mil hectares. Os períodos de seca ocorreram entre março e abril, com períodos que variaram de 10 a 30 dias, e entre abril e junho, com mais de 70 dias sem chuva”, disse.
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