Preservar o meio ambiente se tornou uma prioridade mundial. Com esse objetivo, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico em parceira como a R.M.F-Engenharia de Assistáncia Técnica Rural, na área ambiental, realizaram durante o ano de 2018, o âProjeto Papa íleoâ, com a participação de todas as escolas municipais e estaduais de Iguatemi.
Como já existia um grande interesse da Bióloga, Sirlei Costa Souza, responsável pelo Setor de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal, na realização de campanhas de proteção ao meio ambiente, aumentando desta forma o índice do ICMS Ecológico, o projeto âPapa íleoâ, foi uma ação muito importante para mobilizar toda a sociedade iguatemiense, através dos alunos e professores e das escolas.
A ONG União Social Ecológica foi contactada, tendo em vista que, atua exatamente nesta área. Uma reunião foi marcada e a parceria fechada. Houve a assinatura de termos de compromisso com os Coordenadores das escolas estaduais e municipais. Um dos itens do contrato tratava das cotas que cada aluno teria que atingir para receber sua devida premiação no final do ano.
O projeto, teve seu começo juntamente com o início das aulas. Durante o decorrer do ano, todo o óleo usado seria coletado pelos alunos e depositado em um display no qual foi fornecido para cada escola pela ONG. Dependendo da quantidade de óleo coletado, a ONG realizava a coleta e deixava o recipiente vazio. Além da premiação para os alunos, a escola também, seria premiada caso atingisse a meta estipulada na planilha que foi dada pela ONG. Tinha premiação para os professores, os quais eram designados para fazer a campanha nas escolas, incentivar os alunos e falar da importância de um modo geral do projeto. Desta forma, assim que a somatória de toda a coleta chegasse a um X de óleo coletado, ele também seria premiado.
O óleo de cozinha é um líquido usado principalmente para fritar alimentos em grande quantidade. Infelizmente, em muitos casos, esse óleo de cozinha usado em residáncias, bares e restaurantes acaba sendo jogado no ralo da pia ou mesmo nos vasos sanitários. Entretanto, todos esses métodos de descarte do óleo de cozinha usado, são meios de contaminação do meio ambiente, podendo poluir as águas, o solo e até mesmo a atmosfera. Ao ser despejado na pia ou no vaso sanitário, o óleo usado passa pelos canos da rede de esgoto e fica retido em forma de gordura. Isso é ruim porque atrai pragas que podem causar várias doenças, tais como leptospirose, febre tifoide, cólera, salmonelose, hepatites, esquistossomose, amebíase e giardíase. Essas doenças podem ser transmitidas para humanos e animais.
Além disso, esse óleo encrustado nos encanamentos dificulta a passagem das águas pluviais e causa o extravasamento de água na rede de esgoto e o seu entupimento, levando ao mau funcionamento das estações de tratamento. Por essa razão, faz-se necessário o uso de produtos químicos poluentes para desentupir essas instalações, o que gera mais poluição e mais gastos econômicos.
Esse esgoto contaminado com o descarte do óleo de cozinha usado chega í s Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), que irão separá-lo da água e tratá-lo para que a água possa ser novamente despejada nos mananciais, como rios e lagos. No entanto, esse tratamento realizado nas ETEs não é feito com o esgoto total, mas apenas com cerca de 68%, o que significa que o óleo acaba chegando aos mananciais aquáticos. Além disso, o custo desse tratamento é alto, correspondendo a cerca de 20% do custo com o tratamento do esgoto.
Visto que o óleo é menos denso que a água, ele fica na superfície dos rios e lagos, impedindo a entrada de luz e oxigánio. Isso causa a morte de várias espécies aquáticas, como o fitoplâncton (algas microscópicas que vivem em rios e mares e que produzem oxigánio) que depende da luz para desenvolver-se e sobreviver. Isso pode trazer consequáncias sérias, pois o fitoplâncton está na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, servindo de alimento para organismos maiores que também poderão morrer. Além disso, acredita-se que eles produzam cerca de 98% do oxigánio da atmosfera terrestre.
Além do solo e da água, até mesmo a atmosfera acaba sendo poluída, porque a decomposição do óleo produz o gás metano (CH4), que é um gás do efeito estufa, ou seja, é capaz de reter o calor do sol na troposfera, o que aumenta o problema do aquecimento global.
Responsáveis pelo Projeto âPapa íleoâ, em Iguatemi: Secretaria de Desenvolvimento Econômico que tem como Secretário Delsio Sovernigo. Rodrigo Fernandes da MRF- Engenharia de Assistáncia Técnica Rural, Sirlei Costa Souza Bióloga da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e de Meio Ambiente e a ONG- União Social Ecológica.
Total de 621 alunos participantes e total de litros de óleo coletado 2.120,62L.
QUANTIDADE DE íLEO COLETADO E A RESPECTIVA ESCOLA:
EMEI-POLO PROFESSOR GILBERTO DE ARAíJO TEIXEIRA- 638,3 LITROS
CENTRO EDUCACIONAL PROF. SALVADOR NOGUEIRA- 630,82
ESCOLA ESTADUAL 8 DE MAIO- 568 LITROS
ESCOLA ESTADUAL PAULO FREIRE- 90 LITROS
ESCOLA ESTADUAL MARCíLO AUGUSTO PINTO- 81 LITROS
ESCOLA MUNICIPAL TANCREDO NEVES- 57, 5 LITROS
ESCOLA MUNICIPAL RURAL JOíO PAULO I â 55 LITROS
Fonte: Assessoria
2019-03-08 14:11:00