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segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Guedes defende privatizações e diz que a velha política morreu

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender ontem (8) o processo de privatização de estatais vinculadas ao governo federal. Em palestra na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sobre a desestatização do setor elétrico, Guedes disse as estatais não serão usadas para manter “uma forma equivocada de fazer polí­tica”. 

“Nós temos que pensar também que a velha polí­tica morreu. Nós não sabemos ainda qual é a nova, mas essa morreu. As estatais não vão mais alimentar uma forma equivocada de fazer polí­tica, esse excesso de gasto do governo que corrompeu a democracia e travou o crescimento da economia,” argumentou.

Ao participar do seminário Desestatizações no Setor Elétrico: Distribuidoras Federalizadas, o Papel do BNDES e Parceiros Institucionais, Guedes disse que o processo de privatização das distribuidoras da Eletrobras, levado a cabo no fim do ano passado, é um excelente exemplo que deve servir de referáncia para os próximos programas de privatizações.

Depois de ressaltar que as estatais não vão mais alimentar essa fórmula equivocada, que vigorou até recentemente, de fazer polí­tica, o ministro disse que esse modelo atrasou o crescimento do paí­s. “E a própria classe polí­tica já percebeu esse equí­voco. E lá tem muita gente boa, gente séria, mas também tem gente que quer fazer bagunça”, afirmou Guedes.

Segundo o ministro da Economia, as empresas estatais são “um ninho de corrupção, e não servem para nada”. Na palestra, Gudes afirmou que a princí­pio era favorável í  privatização de todas as estatais, mas que o presidente Jair Bolsonaro e os militares defendem a manutenção de algumas delas.

Reforma da Previdáncia

O ministro da Economia também defendeu a reforma da Previdáncia, a principal pauta econômica do governo. “Se formos analisar as contas hoje, o principal gasto é com a Previdáncia. Quebraram nossa Previdáncia num sistema de repartição condenado porque, antes do Brasil envelhecer, o sistema já deu sinais de colapso. Então, tem que fazer uma reforma.”

Segundo Guedes, o Estado está gastando muito com o sistema previdenciário, “que vai quebrar, que é uma fábrica de desigualdade, promove privilégios, transfere renda de pobre para quem tem mais recursos. O ministro criticou os gastos do paí­s com a dí­vida púbica, que, para ele, possibilitaria a reconstrução de uma Europa por ano.

â€œí‰ a segunda grande despesa pública: o Brasil reconstrói uma Europa por ano só pagando juros sobre a dí­vida interna. Não é razoável, tem que fazer uma operação de salvamento”, afirmou.

Como terceiro grande gasto do governo federal, Guedes citou a própria máquina pública do governo. “Dentro dessa máquina, uma série de empresas estatais que não tám mais capacidade de investimento. Não tám mais recursos para investir, estão quebradas financeiramente, perdendo dinheiro, gerando dí­vida, í s vezes ninhos de corrupção, empreguismo. Não investe e não deixa ninguém investir”, afirmou.

Para o ministro, esse modelo se esgotou. “Vamos ter que passar o filme ao contrário. Vamos ter que segurar gastos por alguns anos, e eu gostaria que fossem algumas décadas. Vocá não precisa cortar [custos], é só não deixar crescer. Não precisa ser traumático, é só exercer o controle.”

 

Fonte: Agrolink

2019-02-09 10:13:00

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