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domingo, 24 de novembro de 2024

Chefão do tráfico era alvo de atentado a bombas e tiros na fronteira

Filha, nora e neto de Zacarias Alderete estavam em uma das casas queimadas na madrugada de hoje em Ypejhú, na fronteira com Paranhos, mas os bandidos pouparam a vida deles

O alvo do ataque a bombas e tiros na madrugada desta quarta-feira em Ypejhú, cidade paraguaia vizinha de Paranhos (MS), a 469 km de Campo Grande, era Zacarias Alderete Peralta, considerado um dos principais chefes do tráfico de drogas naquela região da fronteira.

As trás casas e a loja de venda de veí­culos Tatto destruí­das por incándio provocado pelos explosivos detonados pela quadrilha que fez o ataque era da famí­lia de Zacarias. Pelo menos 30 bandidos participaram do ataque, segundo relatos dos moradores.

A filha dele, Rosana Antonia Alderete Peralta, a nora Aline Veron Vittencourt e o neto, de seis meses de vida, estavam em uma das casas quando os bandidos chegaram, por volta de 3h30.

Os trás foram levados para a frente da residáncia enquanto a quadrilha destruí­a o local com bombas. Os bandidos pouparam a vida das mulheres e das crianças, porque o alvo seriam Zacarias e seus filhos, segundo policiais paraguaios.

Aline é mulher de Diego Zacaria Alderete Peralta, filho de Zacarias e um dos sobreviventes da chacina ocorrida em 2015 em Paranhos.

Disputa sangrenta – Em 19 de outubro de 2015, pistoleiros em duas caminhonetes dispararam pelo menos cem tiros em um grupo que estava numa padaria na área central de Paranhos. 

Morreram Bruno Vieira de Oliveira, 26, Mohamed Youssef Neto, 31, Rodrigo da Silva, 28, Denis Gustavo, 24, e Arnaldo Andres Alderete Peralta, 32. Anderson Cristiano, 27, e Diego Zacaria Alderete Peralta, 26, sobreviveram, mas Diego teve a perna amputada em consequáncia do ferimento.

Após a chacina, a guerra entre o clã Zacarias e o sul-mato-grossense Luiz Carlos Gregol, 40, o Tatá, se intensificou. Zacarias responsabilizou Tatá pelo ataque, em mais um capí­tulo da sangrenta batalha pelo controle do tráfico de drogas no Departamento de Canindeyú.

Gregol foi morto a tiros no dia 5 de novembro deste ano, em Amambai, a 366 km da Capital. Após a morte, moradores da região afirmavam que Zacarias teria se tornado o único chefão do crime, mas o ataque desta madrugada deixa claro que ele agora virou alvo de outro grupo criminoso.

Segundo policiais paraguaios, após destruí­rem as casas e a loja de carros, os bandidos em cinco caminhonetes deixaram Ypejhú e cruzaram para o lado brasileiro da fronteira. Pelo menos duas caminhonetes já foram encontradas queimadas.

Veja abaixo as imagens do ataque, gravadas por moradores de Ypejhú:

Fonte: CG News

2018-12-19 11:47:00

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