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domingo, 24 de novembro de 2024

Polícia Civil aperta cerco a ladrões de gado em Paranhos

Grupos envolvendo indí­genas e paraguaios abatem animais em fazendas para vender, apurou investigações.

A Polí­cia Civil, com apoio da Polí­cia Militar local e lideranças de comunidades indí­genas do municí­pio está apertando o cerco ao furto de gado, o tecnicamente chamado “abigeato”, em Paranhos.

Ao longo de anos produtores rurais, inclusive sitiantes que tem propriedades próximas í s comunidades indí­genas, tem amargado grandes prejuí­zos com o abate de gado em suas propriedades, sem que as autorias fossem efetivamente identificadas.

Os modus operandi são sempre os mesmos. Os ladrões invadem as pastagens, encurralam os animais em cantos de cercas, posteriormente abatem a rás com requintes de crueldade e levam geralmente partes nobres, abandonando o restante da carcaça no local.

Não são raras as vezes que animais acabam escapando ao cerco dos larápios e mesmo feridos, acabam agonizando nas pastagens.

Grupos organizados

Segundo o delegado titular, Edgar Punsky, o trabalho de investigação desencadeado pela Polí­cia Civil local, que é continuado, já levantou a existáncia de pelo menos dois grupos envolvidos nos abates.

De acordo com o delegado, na maior parte das vezes os grupos, formados por indí­genas e paraguaios, abatem os animais nas propriedades e vendem a carne de forma clandestina, para açougues em Paranhos e cidades paraguaias da região, entre elas Ypejhú ou até mesmo vendem o produto furtado para indí­genas, dentro das comunidades.

Como decorráncia das investigações, uma operação para combater crimes dessa natureza foi desencadeada na semana passada com a participação da Polí­cia Civil e da Polí­cia Militar de Paranhos, na aldeia Sete Cerro.

A meta, segundo Dr. Edgar, era localizar membros da quadrilha, inclusive os autores de um roubo, onde os ladrões mantiveram como refém o funcionário de uma propriedade rural e seu filho menor de idade.

Durante a operação duas pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de arma, após serem flagrados de posse de espingardas cartucheiras e foram liberadas para responder ao processo em liberdade após pagamento de fiança como determina a lei e pelo menos outras duas foram indiciadas em inquérito por envolvimento nos casos de abigeato. Os nomes dos suspeitos presos e indiciados não foram divulgados para não atrapalhar as investigações.

De acordo com o delegado encarregado pelas investigações, Dr. Edgar Punsky a Polí­cia Civil continua atuando para identificar outras pessoas envolvidas no furto e abate de gado na zona rural de Paranhos.

Vilson Nascimento

2018-11-14 09:52:00

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