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domingo, 22 de dezembro de 2024

Justiça do Trabalho bloqueia 157 milhões para pagar trabalhadores em MS

A Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul bloqueou R$ 157 milhões de 36 empresas e um administrador de empresa para garantir o pagamento de cerca de 1.500 trabalhadores do Consórcio da UFN3, em Trás Lagoas. As dí­vidas passam de R$ 20 milhões e decorrem de contratos de emprego encerrados a partir de 2012.

Os valores bloqueados excedem o total das dí­vidas porque os devedores negam que as empresas envolvidas formem um grupo econômico. Dessa forma, cada empresa precisa garantir o pagamento integral da execução.

Os valores foram bloqueados esta semana pelo Núcleo de Execuções e Pesquisa Patrimonial do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região. O coordenador do núcleo, juiz Márcio Alexandre da Silva, explica que a atitude foi necessária porque os devedores estavam ocultando o patrimônio e quem os tinha usava medidas protelatórias para dificultar a execução da dí­vida.

A decisão envolve 409 execuções da 1ª e 2ª Vara do Trabalho de Trás Lagoas que foram unificadas em um processo. “A intenção é reduzir o tempo de espera dos credores para receber o direito reconhecido pela Justiça do Trabalho”, garante o juiz.                                           

O bloqueio faz parte das ações da 8ª Semana Nacional de Execução Trabalhista que está sendo realizada esta semana. O evento reúne todos os tribunais do trabalho do paí­s numa tentativa de garantir o pagamento das dí­vidas trabalhistas pelos devedores.

Nos trás primeiros dias, a Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul arrecadou cerca de R$ 400 mil em acordos e sentenças para o pagamento de dí­vidas trabalhistas, além do bloqueio de bens relacionado a UFN3. Nesta sexta-feira, também serão realizados leilões judiciais de bens penhorados como imóveis, terreno, veí­culo, máquinas e materiais de escritório. Mais informações podem ser obtidas clicando aqui.

Uma das estratégias utilizadas pela Justiça do Trabalho durante a Semana de Execução é a “Maratona de Pesquisa Patrimonial”. Estão sendo realizados estudos e ações de investigação de bens junto aos sistemas informatizados, como Bacenjud, Renajud e Serasajud, que permitem a busca de valores e de bens em nome dos executados. A perspectiva é garantir a constrição de patrimônio do devedor para assegurar o pagamento da dí­vida.

Durante a Semana Nacional de Execução Trabalhista de 2017, a Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul arrecadou R$ 2.928.513,43 que foram pagos aos trabalhadores. Em todo o paí­s, foram arrecadados mais de R$ 819 milhões, no ano passado. Desde 2010, o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), em parceria com os 24 TRTs, realiza o esforço concentrado, voltado para a solução definitiva de processos na Justiça do Trabalho.

Fonte: Assessoria

2018-09-24 15:43:52

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