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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Caarapoense morre em incêndio em clínica de reabilitação, em Goiânia

Lindomar Venâncio Paixão, de 28 anos, também morador de Caarapó, confessou ter ateado fogo em colchões para tentar fugir do local.

Um incándio em uma clí­nica de reabilitação deixou dois pacientes, de 32 e 17 anos, entre eles um morador de Caarapó, mortos e mais um outro ficou ferido, em Goiânia.

Segundo a Polí­cia Civil, outro interno, Lindomar Venâncio Paixão, de 28 anos, também morador de Caarapó, confessou ter ateado fogo em colchões para tentar fugir do local.

O incándio começou por volta das 21h30, na Comunidade Terapáutica Beth Shalom, localizada no Sí­tio Recreio Pindorama. As chamas atingiram um dos quartos, onde havia sete internos. Ao todo, a clí­nica abrigava 30 pacientes.

André Alves Ramos, O “Dé” de 32 anos, (Morador de Caarapó) e Emanuel Júnio Resende da Costa, de 17, morreram dentro do cômodo. Segundo o relatório do Corpo de Bombeiros, Francisco Chales dos Santos também se machucou e teve cerca de 80% do corpo queimado.

Os bombeiros informaram que o interno ferido foi levado ao Hospital de Urgáncias Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). No entanto, a unidade de saúde informou na manhã da segunda-feira (3) que não localizou o paciente no hospital.

A proprietária do estabelecimento, Elizete Bertoldi, contou que estava no local com o marido e mais dois funcionários. Ela tentou resgatar os pacientes.

“Foi desesperador. Dois correram para o banheiro e outros foram para a porta e ficaram encurralados, eles se apavoraram. A gente teve de empurrar a porta para abrir. Nisso, os outros internos também saí­ram dos quartos para apagar as chamas”, contou.

Elizete informou que ainda não sabe como o interno conseguiu atear fogo e que não havia tido discussão antes do incándio. Ela fechará a clí­nica, ao menos, por enquanto. “Estou liberando os pacientes para as famí­lias. Foi um trauma para todos, vou refletir se continuarei com o trabalho”, afirmou.

Confissão

De acordo com a Polí­cia Civil, Lindomar – que também é mrador de Caarapó – conseguiu fugir e se escondeu em outra clí­nica nas proximidades, onde foi localizado e levado í  Central de Flagrantes da Polí­cia Civil. A investigação do caso ficará com o delegado Marco Aurélio Euzébio.

Em depoimento, o suspeito disse aos policiais que é usuário de crack, cocaí­na e maconha. Por isto, estava internado há duas semanas na clí­nica, mas não gostava do local. Ele decidiu atear fogo em um colchão do quarto, acreditando que tal atitude forçaria os coordenadores a abrirem a porta, facilitando a fuga.

Aos policiais, ele relatou que usou um isqueiro de um colega para causar o incándio. Lindormar afirmou que o tinha conseguiu levar para o quarto o objeto, mesmo sendo terminantemente proibido pela administração.

Lindomar disse que estava arrependido. “Não passou pela sua cabeça que o incándio iria causar a morte de duas pessoas e reiterou que intenção era tão somente fugir do local”, consta no relatório policial.

Os corpos da ví­timas ficaram carbonizados e, até as 12h, não haviam sido identificados pelo Instituto Médico Legal (IML).

Fonte: MSVerdade

2018-09-04 12:01:03

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