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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Incêndio destrói Museu Nacional; confira alguns dos itens

O Museu Nacional é a instituição cientí­fica mais antiga do Brasil. í‰ um dos museus de ciáncia de referáncia no mundo. Foi fundado em 1818.

Incándio iniciado na noite de ontem destruiu o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no bairro imperial de São Cristovão, zona norte da cidade, e reúne mais de 20 milhões de itens, divididos em coleções de paleontologia, zoologia, botânica, antropologia, arqueologia, entre outras. O lugar já foi residáncia oficial da famí­lia imperial brasileira. Dom João VI inaugurou em 1818 o museu com o nome de Museu Real, que funcionou primeiramente no Campo de Santana, no centro do Rio.

O diretor de Preservação do Museu Nacional do Rio de Janeiro, João Carlos Nara, afirmou í  Agáncia Brasil que o incándio causa um ;dano irreparável; ao acervo e í  pesquisa nacional, mas ainda não é possí­vel saber o que foi destruí­do.

Conheça alguns itens:

  • Um dos mais importantes itens era um fóssil humano, achado em Lagoa Santa, em Minas Gerais, em 1974. Batizado de Luzia, fazia parte da coleção de antropologia. Trata-se do fóssil de uma mulher que morreu entre 20 e 25 anos e seria a habitante mais atinga das Américas.

  • Outra preciosidade era o maior meteorito já encontrado no Brasil, chamado de Bendegó e pesa 5,36 toneladas. A pedra é de uma região do sistema solar entre os planetas Marte e Júpiter e tem mais de 4 bilhões de anos. O meteorito foi achado em 1784, no sertão da Bahia, na localidade de Monte Santo. Quando foi encontrado era o segundo maior do mundo. A pedra integra a coleção do Museu Nacional desde 1888.

  • Dom Pedro arrematou em 1826 a maior coleção de múmias egí­pcias da América Latina. São múmias de adultos, crianças e também de animais, como gatos e crocodilos. A maioria das peças veio da região de Tebas.

História

Fundado por Dom João VI em 6 de junho de 1818 sob a denominação de Museu Real, o museu foi inicialmente instalado no Campo de Santana, reunindo o acervo legado da antiga Casa de História Natural, popularmente chamada ;Casa dos Pássaros;, criada em 1784 pelo Vice-Rei Dom Luí­s de Vasconcelos e Sousa, além de outras coleções de mineralogia e zoologia.

A criação do museu visava a atender aos interesses de promoção do progresso sócio-econômico do paí­s através da difusão da educação, da cultura e da ciáncia. Ainda no século XIX, notabilizou-se como o mais importante museu do seu gánero na América do Sul. Foi incorporado í  Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1946.

O Museu Nacional abrigava um vasto acervo com mais de 20 milhões de itens, englobando alguns dos mais relevantes registros da história brasileira no campo das ciáncias naturais e antropológicas, bem como amplos e diversificados conjuntos de itens provenientes de diversas regiões do planeta, ou produzidos por povos e civilizações antigas.

Formado ao longo de mais de dois séculos por meio de coletas, escavações, permutas, aquisições e doações, o acervo é subdividido em diversas coleções. í‰ a principal base para as pesquisas desenvolvidas m todas as regiões do paí­s e em outras partes do mundo, incluindo o continente antártico. Possui uma das maiores bibliotecas especializadas em ciáncias naturais do Brasil, com mais de 470.000 volumes e 2.400 obras raras.

No campo da educação, o museu oferece cursos de extensão, especialização e pós-graduação em diversas áreas do conhecimento, além de exposições temporárias e atividades educacionais. Administra o Horto Botânico, ao lado do Palácio de São Cristóvão, além do campus avançado na cidade de Santa Teresa, no Espí­rito Santo — a Estação Biológica de Santa Lúcia, mantida em conjunto com o Museu de Biologia Professor Mello Leitão. Um terceiro espaço no municí­pio de Saquarema é utilizado como centro de apoio í s pesquisas de campo.

Fonte: Agáncia Brasil 

2018-09-03 11:35:20

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