Heberson Junior Cavalcante de Almeida, de 29 anos, encontrado assassinado no dia 13 de agosto em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, foi vítima de latrocínio e homofobia. Um dos ladrões disse em depoimento que ânão gosta de gayâ.
O delegado Rodolfo Daltro contou que o trio foi preso na sexta-feira (24), sendo que Weliton Cardoso foi preso em Caarapó e o outros comparsas, em Dourados.
O crime foi planejado por Marcus Vicente Ciardulo, conhecido como “Gordão”. Ele encontrou com Heberson em uma conveniáncia da cidade, após o cabeleireiro sair de uma reunião política.
A vítima passou no estabelecimento comercial e teria chamado “Gordão” para dar uma volta em seu carro Ford Fiesta. “Gordão” teria dito que ia até a sua casa e voltava para os dois saírem. Na casa do autor estavam os comparsas Weliton Cardoso e Josimar da Silva Lemos, conhecido como “Neguinho”. Lá eles combinaram o roubo do carro, que foi levado para o Paraguai.
Na volta, Marcus rendeu o cabeleireiro com uma faca. Ele foi levado para um conjunto de quitinetes em construção e “Neguinho” ficou responsável pelo cativeiro. Weliton ficou responsável por levar o carro para a fronteira.
Em depoimento, “Neguinho” disse que não gostava de homossexuais e que quando ficou preso por 9 anos tinha um homossexual na sua cela.
Ele confessou que matou Heberson com vários golpes no rosto por ele ser gay. O corpo de Heberson foi encontrado com os pés e mãos amarrados. Ele foi assassinado com duas facadas no pescoço.
Ainda segundo o delegado Dalton, no dia 9 de agosto, dois dias antes de Heberson ser vítima do trio, os autores tentaram roubar um taxista pedindo uma corrida na rodoviária. Eles iriam roubar o carro do motorista, que conseguiu fugir do trio.
Fonte: Midiamax
2018-08-28 10:00:37