Por ser considerada uma espécie exótica e causar problemas econômicos e ambientais, ela está preocupando os cientistas
Um artigo publicado na Revista Cultivar por grupo de pesquisadores liderados por Cecilia Czepak, da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG) indicou que Mosca-da-haste-da-soja (M. Sojae) já está presente e teve um avanço detectado. De acordo com a publicação, esta praga vem causando inúmeros prejuízos em países como a Rússia, Austrália e Espanha, mais recentemente no Paraguai e na Bolívia, e vem sendo detectada no Brasil desde 2015.
âEm 2015 na segunda safra de soja, a ocorráncia de M. sojae foi confirmada pela equipe do Laboratório de Manejo Integrado de Pragas (Lab MIP) da Universidade de Santa Maria/Rio Grande do Sul em cultivos de soja de diversas localidades do Sul e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi oficialmente notificado da sua presençaâ, diz o texto.
No entanto, o estudo identificou que a praga vem avançando e se espalhando por regiões do País onde ainda não tinha sido identificada, como o cerrado, por exemplo. Assim, a Mosca-da-haste-da-soja foi incluída na lista de pragas disseminadas no Brasil, por afetar várias regiões.
âQuanto ao Cerrado brasileiro, M. sojae ainda não tinha sido relatada, sendo considerada por algumas Instituições até pouco tempo atrás, como uma praga não disseminada no país. Mas infelizmente esta afirmação não procedia e, para surpresa de muitos, foi encontrada neste ano em diversas áreas do Cerrado Goianoâ, informa o relatório.
Por ser considerada uma espécie exótica e causar problemas econômicos e ambientais, a Mosca-da-haste-da-soja está preocupando os cientistas. âEspécies exóticas invasoras são aquelas pelas quais a introdução e/ou dispersão ameaçam a diversidade biológica dos ecossistemas, pois passam a ocasionar impactos econômicos e ecológicos de difícil detecção e quantificaçãoâ, conclui a publicação.
Fonte: Agrolink
2018-08-22 16:03:10