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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Com inteligência de dados, Estado unifica e moderniza taxa de regulação do transporte de passageiros

Como a taxa é um dos diversos componentes da tarifa, é esperado futuramente um impacto de redução tarifária.

Fotos: Cleidiomar Barbosa/Arquivo Agems 

Comunicação Agems

A aplicação da inteligáncia de dados e a precisão de informações no sistema de transporte rodoviário de passageiros estão trazendo modernidade não só na prestação de serviço pelas empresas, como também na gestão desse serviço pelo Estado.

Um resultado concreto é a alteração na alí­quota de recolhimento da taxa devida pelos operadores para que a Agems (Agáncia Estadual de Regulação) faça todo o trabalho de organização, coordenação e controle dos serviços.

A Lei nº 6.127 publicada nesta segunda-feira (23) reduz a base de cálculo dessa taxa. â€œí‰ uma modernização desse recolhimento, com a revogação de normas antigas sobre diferentes taxas. Agora, isso fica unificado em uma única Taxa de Regulação, Fiscalização e Controle do Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, a TRFC”, explica a diretora de Transportes, Caroline Tomanquevez.

“Com a publicação da Lei, nós vamos agora expedir normas complementares de regulamentação. Já estamos preparando uma portaria”, completa.

Como a taxa é um dos diversos componentes da tarifa, é esperado futuramente um impacto de redução tarifária, quando forem feitos os estudos técnicos sobre reajustes. Ainda não está dimensionado o percentual quanto a esse impacto direto nas tarifas, considerando que a TRFC vai ainda ser instituí­da e aplicada no sistema.

Inteligáncia de dados

A TRFC vai ser determinada a partir da aplicação da alí­quota de 2% sobre o valor da receita obtida com a prestação do serviço pelas operadoras.

A definição desse í­ndice é resultado de profundo estudo técnico que fez a depuração e sistematização de dez anos de informações dos transportes.

Com uso da tecnologia, com a implementação do Bilhete de Passagem Eletrônico (BP-e) e a criação do Centro de Integração Técnica e Inteligáncia, a regulação agora não trabalha com dados declaratórios, informados pelas empresas. A AGEMS passa a fazer “captura” das informações de que precisa diretamente nas bases de dados, como a base do BP-e na Secretaria de Fazenda.

Taxa e Tarifa

Informação mais precisa resulta em custos mais calibrados, ou seja, a Agáncia agora tem elementos mais realistas sobre passagens vendidas, passageiros transportados, receita obtida. “Isso tudo está sendo utilizado para a construção do Plano Diretor de Transportes e já serviu também para a revisão da taxa de fiscalização, como indicado nessa Lei”, conta o diretor-presidente Carlos Alberto de Assis.

E como a taxa é um dos diversos itens que compõem o cálculo tarifário, a expectativa é que uma alí­quota mais realista vá impactar também na tarifa futuramente.

“O que os nossos estudos já mostraram é que seria possí­vel reduzir a alí­quota anterior da taxa de 4,5% para 2%, sem prejuí­zo a operação do sistema, considerando a realidade dos custos e das receitas das empresas e a diminuição de demanda por passagens ao longo dos anos”, finaliza a coordenadora da Câmara de Regulação Econômica, Luciana Gomes.

2023-10-23 15:51:00

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