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Amambai
sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Amambaiense participa de projeto inédito no combate à tuberculose

Raquel Fernandes/ Redação Grupo A Gazeta

 A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa que afeta os pulmões e a cada ano são registrados novos casos no Paí­s. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, anualmente são registrados 70 mil casos de tuberculose, sendo 4,5 mil de ví­timas fatais, no Brasil. A incidáncia da doença aumenta em grupos com maior vulnerabilidade, como é o caso dos presidiários, que segundo dados da Fiocruz, apresentam 28 vezes mais chances de adquirir a tuberculose.

Considerando esta realidade, a amambaiense e agente penitenciária, Carla C. Ribeiro da Silva, iniciou o seu projeto de mestrado nesta área. Formada em Fisioterapia, Carla passou a integrar um grupo de pesquisadores que busca um diagnóstico rápido e preciso para o controle da tuberculose nas prisões brasileiras. “O objetivo maior da pesquisa é encontrar o meio mais eficaz e rápido de diagnóstico e tratamento da doença levando em consideração o meio, neste caso, os presí­dios, que são locais de difí­cil acesso em saúde. A pesquisa é realizada com equipamentos modernos da mais alta tecnologia. ”, explica a mestranda.

O projeto que tem como tema “Identificação de estratégias de busca ativa de casos de tuberculose e rastreamento de contatos para controle da tuberculose nas prisões brasileiras é realizado por meio da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados)  e da Universidade de Stanford, nos EUA e é financiado pela Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz ). Os orientadores e coordenadores do projeto são os professores  Dr. Júlio Croda, da UFGD, Jason Andrews, de Stanford e Andrea Carbone.

Carla acrescenta que o estudo é inédito e o Brasil foi escolhido porque, além de ser o quarto paí­s mais populoso do mundo e o maior da América Latina, tem uma população carcerária que cresce a cada ano e segundo dados do Ministério da Saúde 20% dos casos de tuberculose foram adquiridos dentro dos presí­dios, incluindo servidores e visitantes das penitenciárias.

O contágio ocorre pelo ar, através da tosse, espirro e fala da pessoa que está doente.

Como é realizado o projeto

De acordo com Carla Celina, os testes são realizados dentro de um container que foi instalado na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Os internos participam da pesquisa como voluntários e são examinados. “São realizados o exames de baciloscopia e cultura do escarro, Radiografia de Tórax, Gene Xpert Ultra, teste rápido para HIV, teste sorológico para HIV. Todos os casos diagnosticados de Tuberculose recebem tratamento e acompanhamento adequado”, explica.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Gene xpert aponta o resultado em duas horas, o que torna o diagnóstico mais ágil e conseqí¼entemente o tratamento pode ser iniciado, reduzindo os riscos í  saúde do portador da doença.

2018-06-26 05:16:14

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