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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Família indígena de Coronel Sapucaia pode ter sido assassinada por vingança

A Polí­cia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS) incluiu uma nova linha de investigação sobre o atentado contra uma famí­lia indí­gena, na madrugada deste domingo (25/7), em Coronel Sapucaia, na fronteira com o Paraguai. O crime pode ter ocorrido por vingança.

A mãe e uma filha, de 11 anos, morreram após serem baleadas. Um outro filho, de 12 anos, ficou ferido e foi levado para o hospital. Já o padrasto da famí­lia conseguiu fugir. Todos eles são paraguaios, incluindo os suspeitos, que estão sendo identificados.

Uma primeira linha de investigação adotada pela Polí­cia Civil é a de que o homicí­dio teria ocorrido por questões religiosas.

Isso porque uma liderança da aldeia informou, em depoimento í  polí­cia, acreditar que a famí­lia ví­tima do atentado era acusada de praticar magia negra e de ter sido responsável pela morte de um parente dos suspeitos.

“No entanto, temos outra linha de investigação. Esse cidadão [o padrasto] não se apresentou í  delegacia, mesmo sendo ví­tima, pois seria investigado por um homicí­dio que praticou, também em Coronel Sapucaia, contra um sobrinho dos possí­veis autores”, revela o delegado plantonista Edgard Punsky, em conversa com o Metrópoles.

“Então, ele provavelmente seria o alvo da emboscada, mas eles acabaram acertando na mulher, e a criança não tem nada a ver com a história”, declara Punsky. O caso será apurado pela Delegacia de Polí­cia de Coronel Sapucaia.

Testemunha-chave para entender a dinâmica dos fatos, o padrasto não foi encontrado para prestar depoimento aos investigadores desde a ocorráncia. Policiais o procuraram das 4h í s 18h de domingo, mas não o encontraram. Acredita-se que esteja escondido no Paraguai.

“Além do padrasto, a única testemunha viva é o guri de 12 anos, que chegou a fazer um termo de reconhecimento fotográfico. A gente localizou esse suspeito e mais um outro elemento, que foram ouvidos em declaração, mas eles apontam outros dois como suspeitos dos homicí­dios, sendo que um deles é o tio da criança que o padrasto teria matado”, afirma o delegado.

Fonte: Metrópoles

2021-07-27 08:07:00

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