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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Preços da carne sobem em Aral Moreira; acém chega a custar R$ 28,50 o quilo

Em dezembro de 2019, o Grupo A Gazeta fez uma pesquisa de preços da carne na região do Cone Sul. O quilo da alcatra variava de R$ 25,90 a R$ 30,50. Atualmente a média está entre R$ 35 e R$ 42. Uma alta considerável em menos de dois anos, que também se estende aos outros tipos de carne.

Em Aral Moreira, conforme mostrou a pesquisa, o quilo do acém chega a custar R$ 28,50. A alcatra, carne de primeira, foi encontrada por até R$ 42.

De acordo com o produtor rural de Amambai, Diogo Peixoto, o aumento da carne deve-se a diversos fatores, entre eles o aumento da exportação e a diminuição dos rebanhos no municí­pio e em toda a região. Nesta segunda-feira, dia 12, a arroba do boi estava custando R$ 300, conforme informou o produtor.

“Tivemos diminuição do rebanho no municí­pio e em todo o Estado e o avanço da agricultura. Para o dono da terra é muito mais vantajoso financeiramente colocar a agricultura do que a pecuária. Isso levou a pecuária para as áreas mais distantes com difí­cil acesso (..) Além disso, as exportações aumentaram. Como o dólar subiu, ficou muito mais interessante o importador comprar carne bovina no nosso Paí­s a um preço mais barato, logo as exportações estão em alta. A demanda chinesa aumentou muito.” Explica o produtor, esclarecendo que atualmente há uma demanda grande de carne, mas houve a diminuição da oferta de boi gordo internamente e isso faz como que o preço da arroba suba.

Outro fator apontado pelo pecuarista estão nos custos de produção, que também aumentaram. “Antes nós tí­nhamos um custo muito menor pra criar um boi. Hoje tudo praticamente dobrou de valor. Um rolo de arame, por exemplo, antes era 350 reais, hoje está 700 reais; o litro do diesel custava na faixa de 3 reais, hoje está mais que R$4”, comenta o produtor.

Aline Marques, moradora do municí­pio de Caarapó, contou í  reportagem do Grupo A Gazeta que está tendo que diversificar nas refeições. “Nós diminuí­mos radicalmente o consumo da carne e estamos substituindo por ovos e frango também.”, contou.

Os produtores rurais explicam também sobre a diferença dos preços da carne bovina para os preços das aves e também da carne suí­na.

“O ciclo do bovino é muito maior do que o ciclo do suí­no e do frango. Por exemplo, no caso do frango: reproduz e se abate muito mais rápido, o ciclo é muito mais dinâmico, de um pintinho até um frango abatido são apenas 50 dias. O boi não, são dois anos, até trás anos.;

Famasul espera que consumo interno deverá ser aquecido com auxí­lio emergencial

Boletim Casa Rural divulgado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) com dados sobre a bovinocultura de corte revela que o setor espera melhora no consumo interno de carnes nesta semana, devido aos pagamentos de salários e í  retomada do auxí­lio emergencial implantado pelo governo federal para conter os efeitos econômicos adversos da pandemia do novo coronaví­rus.

O documento menciona que março chegou ao fim com valorização nas cotações em âmbito estadual. A arroba do boi gordo fechou cotada, em média, R$ 295,83 e da vaca a R$ 279,17. Esses valores representaram valorizações de 5,81% e 6,18%, respectivamente quando comparados aos do dia 1º do más passado.

“A oferta menor segue com mais peso na balança para justificar o movimento de alta. Neste momento, com pastagens em melhores condições, os produtores terão a possibilidade de entrega gradual de animais. A expectativa é de melhora no consumo interno nos próximos dias em razão de recebimento dos salários e até mesmo com as novas rodadas de auxí­lio emergencial”, pontua o boletim.

Fonte: Raquel Fernandes/Grupo A Gazeta (com informações de André Bento/Dourados News)

2021-04-13 09:34:00

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