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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Em semana com medidas restritivas, empreendedores compartilham boas práticas para manter negócio

Mato Grosso do Sul vive uma semana de medidas restritivas, porém necessárias para conter o desenfreado avanço da pandemia do novo coronaví­rus que já vitimou 4.164 pessoas em todo Estado e segue com elevados í­ndices de confirmados e internações. 

Com vigáncia prevista até 4 de abril o decreto Nº 15.638 restringe a abertura de comércio não essencial e a circulação de pessoas entre 20h as 5h de segunda a sexta-feira e das 16h í s 5h aos sábados e domingos.

Embora difí­cil, o ponto de equilí­brio entre compreender a decisão que visa preservar vidas e manter os negócios funcionando tem sido a saí­da para empreendedores de áreas que não entram na lista de 45 atividades elencadas como essenciais.

Este é o desafio da empresária Milena Faleiros que atua no ramo de roupas e acessórios  – que não entra na lista de atividades essenciais- , Milene tem usado as ferramentas da internet e as entregas delivery como aliadas para manter a equipe ativa e as vendas em dia.

Quando a pandemia chegou a Mato Grosso do Sul, a empresária decidiu fechar as portas de uma das duas lojas de roupa que mantinha em bairros diferentes de Campo Grande. Com colaboradoras remanejadas, ela reestruturou o formato de atendimento e além do presencial direcionou uma equipe especifica para as vendas online. “Com 2 meses já atingimos o faturamento da loja antiga. Deu mais certo que antes”, conta a empresária.

Na rede social de quase 47 mil seguidores, mensagens motivacionais, looks montados com as peças tropicais e postagens interativas chamam atenção de quem acompanha o perfil. No último fim de semana rolou até plantão de vendas online com horário marcado para o liquida verão.

Do ramo pet, Eduardo Martins também adotou o delivery como opção para manter as atividades ao longo da pandemia. Protocolos de biossegurança para manter o distanciamento, sanitização e o táxi dog estão entre as iniciativas implantadas a partir da pandemia. No fim de semana do toque de recolher montou tenda com drive trhu de atendimento, além de reforçar as novas regras nas mí­dias sociais e aplicativos de celular para que os clientes antecipassem os pedidos. 

“Não são todos os negócios que podem passar por essas mudanças, mas sem dúvidas a pandemia exige de nós mais criatividade para fazer nosso negócio prosperar sem descuidar da questão sanitária. Existe hoje em dia uma luz no fim do túnel que é a questão das vacinas, e esperamos que isso tudo passe logo”, avalia.

Cenário positivo

A união dos deliveries com o marketing digital tem sido tão importante para enfrentar a crise do coronaví­rus que cerca de 70% dos empresários sul-mato-grossenses pretendem manter a nova modalidade de atendimento no pós-pandemia.

A economista e gerente de pesquisa da Fecomércio, Daniela Dias explica que os deliveries representam 30% do faturamento e tem amenizado as possí­veis perdas financeiras durante as medidas mais restritivas do comércio.

“A gente percebe que os deliveries tám amenizado ainda mais a questão das possí­veis perdas de faturamento com a suspensão dos atendimentos presenciais de lojas fí­sicas. Para Campo Grande por exemplo, a estimativa de perda no ano passado na segunda quinzena de março era em torno de R$ 90 milhões. Hoje para março nessas duas semanas mais restritivas para Campo Grande, a perda seria de R$ 60 milhões, então mais ou menos 30% de amenização pelo delivery”, analisa. “Estamos melhores agora do que estávamos no iní­cio da pandemia”.

A economista destaca que a experiáncia adquirida com as dificuldades adquiridas ao longo de 2020 reflete diretamente no cenário atual. “Aprendemos muito durante o ano passado, e consequentemente os empresários também se reinventaram. Mais de 40% dos empresários desde o ano passado já estão produzindo conteúdos digitais”, observa.  

Na projeção de especialistas a perspectiva é positiva para comércio e para a economia do Estado no pós pandemia de Covid-19. Uma das justificativas está na imunização acelerada, que já conta com quase 10% da população vacinada. 

Fonte: Mireli Obando, Subcom

2021-03-30 08:22:00

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