Estamos há uma semana na nova geração de videogames. O Xbox Series X/S e o PlayStation 5 já fazem a cabeça dos primeiros a adquirir os aparelhos. Mas talvez vocá não tenha encontrado nenhum desses consoles nas lojas, mesmo que tenha quebrado o isolamento nesses tempos de pandemia do novo coronavírus (covid-19). Isto porque as duas fabricantes priorizaram os varejistas online em sua logística.
No caso da Sony, o objetivo alegado era evitar filas e aglomeração na procura pelo console. Além disso, ele só chegou oficialmente ao Brasil (e na Europa) na data de hoje (19), sete dias após o lançamento nos Estados Unidos, Japão, Canadá, México, Austrália, Nova Zelândia e Coreia do Sul. O estoque limitado e a alta procura também tem tirado o novo Xbox das prateleiras (físicas ou virtuais) das lojas parceiras que tiveram a sorte de contar com o novo videogame.
Quem ainda não conseguiu um, pelo menos pode acompanhar as análises da imprensa especializada que, aqui no Brasil, obteve os consoles em primeira mão antes do lançamento mundial, um feito inédito na comparação com outras gerações. Vídeos e comentários dos seguidores também já fazem sucesso nas mídias sociais, como YouTube e Twitter. O principal elogio não poderia ser outro: a rapidez no carregamento de dados. Títulos como The Witcher 3 oferecem teletransporte de um ponto a outro do mapa de forma praticamente instantânea. Destaca-se ainda a fluidez do sistema operacional dos consoles, capazes de alternar entre um jogo e outro, sem qualquer demora.
A evolução gráfica, claro, também é digna de elogios, embora não seja tão significativa nesses primeiros jogos, como sempre acontece em todo início de geração. A melhora é ainda mais imperceptível se vocá não estiver usando um televisor compatível com a resolução 4K. A retrocompatibilidade com a geração anterior é outra vantagem: ausente no PS4 e presente de forma parcial (e tardia) no Xbox One, ela retorna aproveitando muitas das vantagens dos novos consoles, como um update gráfico e de maior velocidade.
A principal crítica apontada para esta nova geração é quanto ao tamanho dos aparelhos. Nunca videogames ocuparam tanto espaço em nossas prateleiras. Pesando 4,5 quilos, o PlayStation 5 tem 39 centímetros de altura (ou largura, se vocá o utilizar deitado). Já o Xbox Series X chega a 30 cm. Outro ponto negativo é o espaço de armazenamento desses velozes discos rígidos: o Xbox Series X e o PlayStation 5 vám com 1TB, tamanho que já é padrão há alguns anos nos consoles premium. Os sistemas operacionais, porém, ocupam cerca de 20%, no caso do videogame da Microsoft, e mais de 30% no console da Sony.
A promessa é que as novas tecnologias empregadas nestes aparelhos reduzam o espaço necessário para armazenar os jogos, mas, por enquanto, isso não se reflete nos primeiros lançamentos. Spider-Man: Miles Morales, um dos novos games mais badalados para o PS5, ocupa sozinho 50 GB. Se vocá quiser mais espaço, vai ter que apelar para onerosos discos rígidos oficiais para Xbox Series X/S, ou simplesmente esperar por uma solução para o PlayStation 5, ainda indisponível. Para jogos de PS4 no PS5 ou Xbox One no Xbox Series é possível utilizar um HD externo comum, mas esses discos rígidos não oferecem a velocidade e todas as outras vantagens da tecnologia SSD.
Aqui vale uma menção especial ao Xbox Series S, versão mais modesta da nova geração de console da Microsoft. O console é compatível com todos os jogos e acessórios disponíveis para seu irmão mais parrudo, o Xbox Series X, ainda que atinja somente a resolução 2K na maioria dos jogos e ofereça metade do espaço de armazenamento. Ele também não possui um leitor de discos bluray, devendo ser utilizado apenas com cópias digitais. Por outro lado, ele vem em um tamanho muito mais compacto, com um volume quase 60% menor que o do Xbox Series X, e por um preço bem mais em conta: R$ 2,7 mil, contra R$ 499,5 mil do console premium.
O Xbox Series S promete ser uma pedra no sapato da Nintendo. Mesmo contando com o console mais ;fraco; tecnicamente na geração anterior, o Switch tem liderado com folga o ranking de vendas, graças ao seu tamanho diminuto e preço mais em conta. Por enquanto, a empresa japonesa ainda não revelou seus planos para um novo console, mas especula-se que seja ela possa lançar no ano que vem uma versão mais potente do Switch, antes de apostar em um sucessor, que só deve chegar a partir de 2022.
Ainda não há muitos detalhes sobre o volume de vendas da nova geração, mas as primeiras informações já começam a chegar. A Microsoft afirma que este foi o melhor lançamento de um console Xbox, embora não revele números. Estimativas do site VGChartz apontam que 1,2 a 1,4 milhões de unidades de Xbox Series S e Series X tenham sido vendidas no dia do lançamento, em 40 países (metade só nos Estados Unidos).
Fonte: Guilherme Neto- Apresentador do quadro Fliperama no programa Stadium, da TV Brasil
2020-11-19 09:46:00