Nos últimos dias o noticiário nacional mostrou a preocupação do presidente Lula da Silva, em tentar baixar o preço dos alimentos, temendo reflexos negativos na sua reeleição no ano que vem. Depois de dois anos de o Governo gastando mais do que arrecada, a inflação parece que vem com mais força com dólar em alta e taxas de juros nas alturas, levando ao aumento da inflação.
Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, a projeção do IPCA (índice oficial de inflação) vem subindo há 15 semanas.
Em Amambai, numa pesquisa rápida em supermercados e lojas de materiais de construção, o Jornal AGazeta detecta aumento de preços.
Um exemplo claro de aumento de preços é o cimento. Em janeiro o preço estava na faixa de 37 reais, agora está 40. Conforme informações de uma loja de materiais de construção da cidade, desde fechaduras a ferramentas houve aumento, devido a variação do dólar, em 16%, assim como ferragens, que também tiveram aumento.
Outro empresário do setor de livraria de Amambai informou que houve aumento entre 5 a 15% nas mercadorias, e ainda mencionou uma mudança na alíquota de ICMs que o Estado está aplicando, que acabou beneficiando o segmento, se não o aumento seria maior.
O setor de supermercados também sentiu a inflação no ano passado. Conforme um empresário do ramo em Amambai, os hortifruti se mantiveram, assim como materiais de limpeza e bebidas, mas arroz e carne, por exemplo tiveram aumento considerável. Arroz de uma determinada marca estava 17,50 em agosto de 2023, e depois de chegar a 27,54 em maio de 2024, agora está custando R$ 22,39. Já o feijão se manteve estável. A carne também registrou aumento em torno de 30% em um ano.
Por Clesio Damasceno