Redação
O prefeito Sérgio Diozébio Barbosa (MDB), 60 anos, assumiu a prefeitura de Amambai no dia 1º de janeiro para seu terceiro mandato, trazendo um discurso de responsabilidade fiscal e eficiência administrativa. Logo nos primeiros dias de trabalho, Barbosa ao lado do vice-prefeito, Jaime Vizzotto (PP), já implementou medidas de economia, como corte de gastos, fusão de secretarias e devolução de imóveis alugados, com o objetivo de equilibrar as contas públicas.
Conforme anunciado durante a posse, a gestão municipal busca enfrentar o desafio de um cenário fiscal adverso. O país vive um momento de desequilíbrio entre receitas e despesas, e Amambai reflete essa realidade. A prefeitura tem dívidas expressivas, incluindo um déficit acumulado com o Previbai (Fundo de Previdência dos Servidores de Amambai), que chega a R$ 10 milhões, somando-se a um custo mensal de R$ 1,3 milhão para sanar essas pendências herdadas de gestões anteriores, especialmente da última administração.
Economia projetada com imóveis alugados pode ultrapassar R$ 4 milhões
Uma das principais medidas anunciadas foi a devolução de imóveis alugados pela prefeitura, o que, de imediato, já gera uma economia anual estimada em R$ 530.424. Ao longo dos quatro anos de mandato, o valor economizado pode ultrapassar R$ 2,1 milhões. No entanto, quando incluídas despesas adicionais como energia elétrica, água, internet, vigilância e manutenção, a economia total pode dobrar, segundo projeções baseadas nos dados fornecidos pela administração municipal.
Entre os imóveis devolvidos estão:
· Casa em frente à Educação (R$ 4 mil/mês): Coordenações pedagógicas realocadas para o prédio principal da Educação.
· Centro de Especialidades Médicas (R$ 10 mil/mês): Serviços transferidos para unidades de saúde municipais.
· Oficina de veículos na Avenida Pedro Manvailler (R$ 5.602/mês): Serviços realizados no Pátio de Obras.
· Garagem de veículos na Rua Rio Branco (R$ 12 mil/mês): Veículos redistribuídos para unidades de saúde e Pátio de Obras.
· Procon na Avenida Nicolau Otaño (R$ 4 mil/mês): Transferido para o prédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
· Semai (R$ 2.500/mês): Serviços agora na Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
· Seind (R$ 2.500/mês): Realocado para a Secretaria de Desporto e Cultura.
· Depósito da Educação (R$ 3.600/mês): Materiais transferidos para o prédio principal da Educação.Além dessas devoluções, a prefeitura avalia outros imóveis alugados, o que pode ampliar ainda mais a economia nos próximos meses.
Prioridade para ajustar as contas
Barbosa destacou em matéria publicada no site oficial da Prefeitura de Amambai que a prioridade inicial é colocar as finanças em ordem para que a administração possa investir em áreas prioritárias, como saúde, educação e infraestrutura. “O desafio é grande, mas com planejamento e austeridade, conseguiremos superar as dificuldades e garantir o melhor para a população de Amambai”, afirmou o prefeito.
A fusão de secretarias e a otimização dos espaços municipais fazem parte de um plano mais amplo de eficiência administrativa. As medidas, segundo a gestão, buscam não apenas reduzir despesas, mas também melhorar a qualidade dos serviços públicos.
A nova gestão segue avaliando outros ajustes e espera que as medidas adotadas nos primeiros dias de mandato sirvam de base para uma administração eficiente e sustentável.