Uma reportagem publicada pelo Campo Grande News revelou os desafios enfrentados pela rede de hospitais públicos em Mato Grosso do Sul na oferta de tratamento para pessoas com dependência química, especialmente na região sul do estado, incluindo Caarapó. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, há uma disparidade significativa na disponibilidade de leitos especializados.
Atualmente, o Hospital Regional de Campo Grande conta com apenas 12 leitos destinados à desintoxicação de drogas e álcool, enquanto o Hospital Psiquiátrico de Paranaíba, uma cidade com pouco mais de 40 mil habitantes, dispõe de 40 leitos conveniados, representando uma proporção mais favorável de um leito para cada mil pessoas.
Além de Paranaíba, outras unidades como o Hospital Geral de Aquidauana, o Hospital Universitário da UFGD em Dourados e a Fundação Hospitalar de Costa Rica também oferecem leitos para pacientes psiquiátricos, embora não exclusivamente para dependentes químicos.
Os serviços de tratamento na rede pública incluem também os Caps (Centros de Atenção Psicossocial), que operam em parceria com as prefeituras e a Secretaria Estadual de Saúde. Em municípios como Caarapó, existem Caps classificados como I e II, oferecendo atendimento especializado para situações graves de sofrimento psíquico.
A demanda por internação compulsória tem sido crescente, conforme relatado pela reportagem, com famílias buscando na Justiça a autorização para tratamento em instituições públicas ou, em casos mais extremos, em clínicas particulares. Os processos judiciais frequentemente descrevem situações de risco à vida, desestruturação familiar e necessidade urgente de intervenção médica.
Diante desse cenário, tanto o Governo do Estado quanto as prefeituras são pressionados a expandir a capacidade de atendimento, garantindo que todos os cidadãos tenham acesso adequado e digno aos serviços de saúde mental e tratamento de dependência química em todo o estado.
Fonte: Portal da Cidade Caarapó
