A Superintendência de Economia Criativa e Políticas Integradas, vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), promoveu na quarta-feira (12) o encontro “A Economia Criativa do Mato Grosso do Sul – Potencialidades à internacionalização”. O evento foi realizado na sede do Sebrae/MS (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.
O objetivo do encontro, em colaboração com o Sebrae e ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Atração de Investimentos), foi destacar os principais mecanismos para que empresas de setores como audiovisual, artesanato, artes plásticas, cinema, design e música possam exportar seus produtos para outros países.
Esta é uma continuação do Programa “MS+Criativo”, iniciado no segundo semestre do ano passado pela Superintendência de Economia Criativa. O programa visa desenvolver estratégias para impulsionar a presença de produtos criativos locais no mercado internacional e fortalecer ambientes criativos, destacando o Pantanal e a Rota Bioceânica como destinos turísticos internacionais que refletem a cultura e a identidade do estado.
O secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Ferreira Miranda, comentou sobre a importância do evento: “É fundamental que nossos produtos ganhem visibilidade internacional. A internacionalização fortalece nossa cultura e abre novas oportunidades econômicas. Estamos comprometidos em apoiar iniciativas que promovam a exportação e o crescimento da economia criativa”.
O superintendente de Economia Criativa, Décio Coutinho, falou no evento sobre o Plano Estadual de Economia Criativa. “O Plano foi construído de forma colaborativa em oito encontros regionais, com mais de seis meses de trabalho, 8 mil km rodados, três mil participantes. Muitas ideias surgiram, e uma das mais importantes foi a exportação. Pessoas de vários territórios disseram ‘precisamos exportar produtos, aprender a internacionalizar nossos bens e serviços criativos’. Atendendo a essa demanda, firmamos parceria com o Escritório de Relações Internacionais do Governo Riedel, que chamou a Apex Brasil. Hoje, o evento é uma realização do Plano”.
Décio também mencionou que uma minuta de projeto de lei foi encaminhada para a Conleg. “Está tramitando, sendo analisada por especialistas jurídicos, para ser encaminhada em breve para a Assembleia Legislativa”.
Assessora especial da Setesc, Luciana Azambuja disse que “a economia criativa está crescendo no mercado global, e precisamos colocar nossos produtos sul-mato-grossenses nesses mercados e feiras internacionais. Isso não só é lucrativo, mas também representa nossa história, cultura e tradições, gerando renda e impacto econômico e social. Esperamos que a reunião de hoje resulte em grandes negócios”.
Representando o Escritório de Relações Internacionais do Governo do Estado, Luiz Renato Adler afirmou: “A Apex está presente, trazendo seu conhecimento para auxiliar pequenos empreendedores da economia criativa a vender seus produtos internacionalmente. Ela vai explicar e auxiliar nesse processo”.
A representante regional da Apex Brasil para o Centro-Oeste, Cintia Marques Faleiro, explicou que a Apex Brasil apoia empresas de artesanato com conhecimento e capacitação. “Podemos apoiar empresas com informações e preparação para acessar o mercado exterior. Nossa intenção é sensibilizar e apoiar, em parceria com o Estado e o Sebrae, para que, somando esforços, seja possível acessar o mercado externo”.
O diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes, destacou a importância do apoio da Apex. “Participamos de um encontro no Itamaraty, buscando parceiros internacionais. É importante desmistificar a ideia de que é difícil vender fora. Estamos junto com a Apex e o Governo para fazer essa ponte. O apoio da Apex é fundamental. Na última Rodada de Negócios em Campo Grande, vendemos 500 mil reais, e agora estamos falando de um mercado muito maior”.
Lucimar Maldonado, artesã e empresária no setor do artesanato, falou sobre seu case de sucesso com artesanato indígena. “Comercializo artesanato sul-mato-grossense e meu maior sucesso é o artesanato indígena terena. Conseguimos nossa primeira exportação para o Japão, através da Fibra Morena, e estamos aqui com várias secretarias vendo o resultado dessa união de parceiros”.
Jane Clara Arguelho, designer e pós-graduada em artesanato regional, esteve no evento para agregar conhecimentos para sua cooperativa. “Trabalho com cerâmica e economia criativa, dou aula nas incubadoras da Prefeitura. Estamos formando uma cooperativa para exportar nossos produtos. Nosso artesanato é reconhecido lá fora, e exportando, podemos capacitar novas empreendedoras para mostrar seu trabalho”.