Aproximadamente 1,317 milhão de hectares de milho segunda safra 2023/2024 foram cultivados em Mato Grosso do Sul até o dia 8 de março. Conforme o Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), isso representa 59,4% da área estimada para esse ciclo produtivo, de 2,218 milhões de hectares.
Contidos no boletim Casa Rural divulgado nesta terça-feira (12) conjuntamente por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho), os dados apontam a região norte com o plantio mais avançado, média de 92,7%, enquanto a região sul tem 60,2% e a região centro 38,4%.
De acordo com a publicação das entidades representativas do agronegócio sul-mato-grossense, a produtividade estimada do cereal é de 86,3 sacas por hectare, gerando a expectativa de produção de 11,485 milhões de toneladas.
No entanto, o Siga-MS pontua que o atraso na colheita da soja afetou a janela de semeadura do milho 2ª safra no estado de Mato Grosso do Sul, cenário que pode desencadear problemas, “pois algumas regiões possuem um risco elevado ao plantar fora da melhor janela de semeadura, que se concentra entre 13 de janeiro e 10 de março”.
“Eventos climáticos adversos, como estiagem, geada e queda de granizo, podem ocorrer e prejudicar a cultura. Portanto, é crucial que o produtor esteja atento ao zoneamento agrícola de risco climático e verifique o histórico climático da propriedade ou região antes de iniciar a semeadura”, detalha.
Ainda conforme o boletim Casa Rural, “é altamente recomendável evitar o plantio tardio no estado, pois isso pode resultar em uma queda significativa na produtividade e um aumento nas infestações por cigarrinha”.
A publicação cita ainda levantamento realizado pela Granos Corretora, segundo o qual até 11 de março/2024 Mato Grosso do Sul já havia comercializado 83,33% do milho 2º safra 2023, que representa 1,27 pontos percentuais abaixo do índice apresentado em igual período de 2023.