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domingo, 24 de novembro de 2024

Sem água, comunidade indígena bloqueou rodovia entre Tacuru e Iguatemi nesta terça-feira

Liberação do trânsito ocorre após integrante do DSEI se fazer presente e apresentar plano emergencial para resolver o problema, segundo os manifestantes.

Vilson Nascimento

Enfrentando problema de falta de água há 16 dias, a comunidade indígena na aldeia Sassoró localizada no município de Tacuru está anunciando para esta terça-feira, dia 5 de março, o bloqueio total, como forma de protesto, do tráfego na Rodovia MS-295, trecho que liga as cidades de Tacuru a Iguatemi.

Segundo os manifestantes o bloqueio do tráfego na rodovia estadual que é o principal elo da região de fronteira do Mato Grosso do Sul com os estados do sul do país e a principal rota de escoamento de grãos da região, está previsto para iniciar a partir das 8h da manhã e não tem prazo para ser encerrado.

Segundo a coordenação da manifestação, durante o bloqueio da rodovia só será permitida a passagem de ambulâncias e o tráfego só será liberado mediante a presença no local de um representante do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena), trazendo um plano emergencial concreto de solução de abastecimento de água na comunidade indígena que conta com 2,6 mil habitantes.

De acordo com a comunidade indígena, além da falta de água para o consumo e as necessidades básicas das famílias, os alunos estão sendo dispensados das aulas e o posto de saúde da aldeia também está sem água, inclusive para as necessidades básicas do atendimento cotidiano.

Segundo os indígenas, a Prefeitura de Tacuru, com o emprego de um caminhão pipa, tentou ajudar com o abastecimento de água na aldeia, que fica distante cerca de 35 quilômetros da sede do município, mas o trabalho teve que ser interrompido quando o veículo apresentou problemas mecânicos.

Caso não haja posição concreta do Distrito Sanitário Especial Indígena em relação à resolução do problema, a comunidade indígena informou que deverá estender o manifesto, com o bloqueio do tráfego na rodovia estadual também na quarta-feira, dia 6 de março.

Atualização, 05/03 às 10h41: Um técnico de saneamento do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) chegou aos manifestantes afirmando que será realizado um levantamento para diagnosticar a origem do problema relacionado à falta de água.

Além disso, em uma assembleia realizada pelos manifestantes, ficou decidido que a manifestação será realizada até às 12h, com o trânsito liberado a cada 30 minutos.

Atualização, 05/03 às 12h04: Com a manifestação encerrada, os manifestantes informaram que deram um prazo de 15 dias para o técnico fazer o levantamento e os serviços emergenciais necessários para a resolução do problema.

Abaixo, confira fotos da manifestação:

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