A Polícia Militar de Caarapó prendeu na tarde desta quarta-feira (21) um homem de 39 anos, acusado de ameaça, desobediência, porte de drogas para consumo pessoal e perturbação do trabalho e sossego alheio.
Segundo o boletim de ocorrência, por volta das 16h30, o homem, cuja identidade não será revelada, dirigiu-se à 2ª Companhia Independente da PM de Caarapó para solicitar informações sobre as câmeras de vigilância do município, buscando filmagens, pois alegou que um cachorro de sua propriedade foi furtado por indígenas que teriam seguido em direção à Aldeia Te’yikue.
Foi constatado que apenas por meio de ordem judicial seria possível obter acesso às gravações. Desde o início, o homem demonstrava agitação, falando alto e gesticulando muito, momento em que teve o pedido para revisar as gravações negado.
Nesse ínterim, o homem começou a se exaltar, mencionando que contataria algumas autoridades políticas da cidade para resolver o assunto, numa tentativa de intimidar o policial que o atendeu.
Diante da situação, foi solicitado que o homem deixasse a sala de permanência, onde ficam os monitores de vigilância e o atendimento ao 190, e aguardasse em outra sala. No entanto, ele se recusou, alegando que pagava impostos e que podia permanecer onde quisesse. Novamente foi explicado que aquele local era restrito à segurança pública, e ele continuou a falar alto, na tentativa de intimidar, fazendo diversas ligações telefônicas enquanto gritava que alguém resolveria para ele.
Em determinado momento, enquanto dois policiais, acompanhados de uma testemunha de 59 anos, explicavam ao homem a situação em que se encontrava, caiu de seu bolso um papelote envolto em plástico branco, contendo uma substância análoga à cocaína.
Questionado sobre a droga, ele admitiu ser de sua posse e que havia consumido o entorpecente desde a manhã daquela quarta-feira. Ele afirmava em voz alta que estava “chapado” porque haviam roubado seu cachorro, e não negava o uso da substância. Toda a cena foi testemunhada pelo presente.
Diante dos fatos, o homem foi detido, resistindo e gritando “Não toca em mim” quando recebeu voz de prisão, o que exigiu o uso moderado da força para algemá-lo.
Durante o registro do boletim, o homem repetiu várias vezes que isso teria consequências e ameaçou, afirmando que não ficaria barato. Também mencionou diversas vezes que, se tivesse mais cocaína consigo, a consumiria.
Diante do exposto, o homem foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Caarapó sem lesões, para as medidas cabíveis.