Em Mato Grosso do Sul, o setor privado investiu R$ 17 bilhões em empreendedorismo no ano de 2023. O valor foi revelado durante o evento entre o Governo do Estado e Sebrae MS, realizado na manhã desta terça-feira (30), em Campo Grande. O montante é referente ao número de empreendimentos abertos no ano e o valor aplicado no Estado. Ao todo, foram 10 mil novas empresas e 156.466 mil MEIs (microempreendedores individuais) abertas.
De acordo com o levantamento divulgado, 92,7% das empresas de Mato Grosso do Sul são micro ou pequenas (276.945), sendo 52,4% MEI (156.466) e 46% são do setor de serviços (137.834). Desde 2015, o empreendedorismo trouxe R$ 76 bilhões ao Estado.
O governador Eduardo Riedel esteve presente no evento e disse que Mato Grosso do Sul é o 5º maior em renda média, R$ 3.234, perdendo apenas para o Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Roraima.
“Desses R$ 17 bilhões que prospectou em 2023, R$ 5 bilhões foram fechados no MS Day. Mato Grosso do Sul é também o 7º do país em celeridade, ficando à frente de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Aqui uma empresa para ser aberta demora 11,7 horas. Em São Paulo, por exemplo, são 40 horas. No Rio de Janeiro, 28,2h e Minas Gerais 33,3 horas”, disse Eduardo.
Conforme o governador, os resultados obtidos são frutos de planejamento e execuções bem-sucedidas de diversas ações.
Convênio – No local também aconteceu a assinatura de convênio entre Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e Sebrae MS. O intuito é promover um ambiente público e privado, propício ao desenvolvimento de empresas. Além disso, a parceria busca fortalecer o mercado, com realizações de estudos técnicos, capacitações, missões, visitas técnicas e projetos de desenvolvimento. A previsão é de que o trabalho seja executado até dezembro de 2024.
“O objetivo é promover a ampliação, atração, diversificação e interiorização da indústria agropecuária, comércio e serviços”, completou Riedel.
Claudio Mendonça, diretor-superintendente do Sebrae/MS, ressaltou que a parceria é uma forma de olhar a empresa em todos os momentos e processos.
“Tanto que o Estado tem feito para ajudar, na lei da liberdade econômica, em todo esse espaço, para que ele possa empreender, para que ele possa crescer, e também olhando o empresário no momento real. Dele de também qualificar a sua gestão, a sua eficiência na sua produção e na comercialização”. Segundo ele, o convênio é uma forma de levar inovação e sustentabilidade.
Inovação – Os planos de desenvolvimento econômico do Estado incluem a inovação. O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, que participou do evento, apontou que o Executivo vai enviar à Assembleia Legislativa um projeto para a Lei Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, “para exatamente estimular o desenvolvimento no Estado de Mato Grosso do Sul das áreas de inovação”.
Ele mencionou que no agro, que é um setor forte na economia, há muito espaço para iniciativas focadas na bioeconomia. “O foco que nós queremos da inovação no Estado é na bioeconomia, na melhor utilização dos recursos naturais e também da produção agroindustrial.”
Por Natália Olliver e Jackeline Oliveira, Campo Grande News