Cone Sul: Mulheres dominam eleitorado e refletem sobre o valor do voto feminino

Redação

De acordo com um recente levantamento do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul, a região do Cone Sul se destaca por sua representação expressiva no cenário eleitoral. Com um total de 187.483 eleitores, sendo 98.476 mulheres e 89.007 homens, as mulheres emergem como a maioria do eleitorado, consolidando sua influência política na região.

Fazendo uma análise mais detalhada dos municípios que compõem o Cone Sul, é evidente que em todos eles as mulheres são a maioria dos eleitores, destacando a participação ativa e significativa das mulheres no processo democrático. (veja tabela abaixo)

Importância do Voto Feminino

Mariana Osterberg da Silva Miranda, Cabo PM de 34 anos residente em Amambai, compartilhou suas perspectivas sobre a importância do voto feminino. “Eu acho de grande importância o voto feminino, pois nós mulheres somos seres humanos iguais aos homens, tão capazes quanto eles. No mundo atual, as mulheres estão em todas as linhas de serviços, desempenhando papéis fundamentais. Temos mulheres caminhoneiras, arquitetas, garis , pedreira, policiais,  delegada, empresária , jornalista, repórter, dona de casa e desempenhamos nossa função de mulher e de profissional muito bem. Temos que desempenhar nosso papel no pleito eleitoral, escolhendo nossos representantes no poder legislativo, pois eles irão nos representar por pelo menos quatro anos.”

Ao falar sobre a escolha de candidatos(as), ela enfatiza a análise das propostas, partidos e equipes dos candidatos, priorizando o bem-estar da população. “Mulheres unidas e que votam nas eleições têm uma força gigante. Por isso, não deixe de votar, escolha seu representante no poder legislativo, escolha uma pessoa que você conhece, que você saiba aonde ir atrás para pedir apoio, cobrar soluções para os problemas que possam surgir.”

Outra eleitora, Fabiula Vieira, de 29 anos, de Paranhos, também expressou suas preocupações sobre o futuro e a importância do voto para moldar o destino da cidade. “Hoje em dia a gente pensa mais no futuro dos filhos da gente. Eu sempre penso no bem-estar da minha filha, por exemplo.  Como que a cidade vai estar, se ela vai querer procurar um novo lugar. Se não melhorar aqui, com certeza, provavelmente ela vai ser uma adolescente ou uma moça que vai procurar outro lugar para trabalhar”

Ana Maria Rechi Fernandes, de 18 anos, irá votar pela primeira vez nas eleições de 2024 e já demonstra compreender a importância do voto. “O ato de votar constitui um dever e não um mero direito. A essência desse poder-dever está na ideia da responsabilidade que cada cidadã ou cidadão tem para com a coletividade ao escolher seus mandatários, por isso devemos analisar cada candidato desde a sua participação na comunidade, sua convivência social, pois é nos atos diários que saberemos o que cada um faz.”, destaca.

História do Voto Feminino

A conquista do direito de voto pelas mulheres brasileiras remonta a 24 de fevereiro de 1932, quando o presidente Getúlio Vargas, por meio do Decreto 21.076, instituiu o Código Eleitoral. Esse marco histórico foi resultado de intensas lutas e manifestações do movimento feminista da época, abrindo caminho para a participação ativa das mulheres na construção do futuro do país.

O voto feminino tornou-se uma realidade nas eleições de 1933 para a Assembleia Nacional Constituinte, e desde então, as mulheres vêm desempenhando um papel crucial na formação da sociedade brasileira.

Confira o número de eleitores por município: