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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Justiça decreta prisão preventiva de 4 suspeitos de envolvimento em execuções na fronteira

Presos durante ação da PM em MS — Foto: BpChoque/Divulgação

A Justiça converteu em preventivas as prisões de quatro homens capturados na sexta-feira (8) pelo Batalhão de Choque da Polí­cia Militar, em uma residáncia de Coronel Sapucaia, municí­pio na linha de fronteira com o Paraguai. São dois paraguaios e dois brasileiros, flagrados com drogas, armas e munições.

Eles são suspeitos de participação em crimes de pistolagem na região. O local onde estavam seria um esconderijo, ao qual a polí­cia chegou depois de denúncia ao serviço 181.

Um dos homens, o paraguaio Delio Martinez, de 22 anos, já teve a expulsão solicitada pelas autoridades do Paí­s vizinho. Apontado pela Polí­cia Nacional do Paraguai como “temido sicário”, ele responde por um feminicí­dio e um homicí­dio em Capitan Bado, vizinha a Coronel Sapucaia.

Também é suspeito de envolvimento em outros assassinatos, segundo nota divulgada pelo órgão de segurança.

Na decisão judicial que homologou o flagrante dos quatro homens e converteu em prisão preventiva, o pedido de expulsão não é tratado.

Segundo as informações obtidas pela reportagem, isso vai tramitar í  parte no processo.

Por enquanto, Delio, conhecido por Martinez, segue no Brasil, onde vai responder pelos crimes junto com os outros trás presos.

Do lado de lá da fronteira, segundo a Polí­cia Nacional do Paraguai, o é conhecido por ser um “temido sicário”.

Ainda conforme descrito, ele atua em Capitán Bado, Coronel Sapucaia, cidades separadas por uma rua, além de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, que tám a mesma situação geográfica.

Crimes

O flagrante foi por tráfico de drogas, associação para o crime e posse ilegal de arma de fogo, mas pesa contra os capturados a suspeita de envolvimento em crimes de pistolagem.

Isso inclui execuções recentes, como a chacina na qual quatro pessoas morreram, entre elas a filha do governador do Estado de Amambay.

Do lado de lá da fronteira, segundo a Polí­cia Nacional do Paraguai, o é conhecido por ser um “temido sicário”.

Ainda conforme descrito, ele atua em Capitán Bado, Coronel Sapucaia, cidades separadas por uma rua, além de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, que tám a mesma situação geográfica.

A prisão

Delio estava em imóvel da Vila Industrial, na cidade sul-mato-grossense fronteiriça a Capitan Bado, no Paraguai, onde mais trás pessoas foram capturadas durante ação do Batalhão de Choque da Polí­cia Militar na sexta-feira.

Na hora do interrogatório policial, feito na Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), em Dourados, cada preso apresentou versões diferentes.

O que disseram

Tiago Ledesma Costa, de 23 anos, brasileiro, admitiu ser dono dos cinco quilos de maconha encontrados na casa onde ocorreram as prisões. Mas não forneceu detalhes, avocando o direito de permanecer em siláncio. Ele era foragido da Justiça, pois tinha mandado de prisão em aberto por tráfico de entorpecentes.

Vitor Nunes Dias, de 21 anos, natural de Coronel Sapucaia, negou qualquer participação nos fatos. Disse que os “paraguaios” são seus vizinhos, que estava em sua casa e só correu da equipe de segurança pública porque tem registros policiais. Ele já foi preso por tráfico de drogas em Campo Grande.

O dono do imóvel, identificado como o paraguaio Delio Martinez, admitiu que a pistola apreendida é sua. Alegou ter tentado fugir por medo, pois teve um irmão assassinado tempos atrás.

Justificou ter comprado a arma cinco meses atrás, para a própria proteção. Não citou os assasssinatos pelos quais era procurado.

Delio afirmou que, entre os capturados, conhecia apenas Carlos Daniel Ferreira Lima, 20 anos, de nacionalidade paraguaia, que teria vindo para o lado brasileiro há apenas 15 dias. Disse ainda que os dois estavam atuando na colheita de mandioca.

Em relação a Carlos, não há ainda, pelo menos no auto de prisão, informação sobre existáncia de ficha criminal.

Fronteira de sangue

O municí­pio onde ocorreram as prisões, Coronel Sapucaia, fica a 160 km de Ponta Porã, que teve, no más passado, mais de 15 mortos em crimes com caracterí­sticas de pistolagem, entre eles a filha de um governador paraguaio.

Haylee Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos, filha de Ronald Acevedo, governador do estado de Amambay, no Paraguai, foi morta junto com mais trás pessoas, na saí­da de uma festa.

Existe a suspeita por parte da polí­cia de que os quatro capturados sejam ligados a facções criminosas que estão em guerra pelo controle do crime na região.

Com os homens, foram encontrados 5 quilos de maconha, uma pistola 9 mm, munições, carregador.

Os celulares usados por eles também foram apreendidos. Com autorização do juiz de plantão, os celulares vão ter conteúdo extraí­do í  procura de informações que colaborem com o trabalho investigativo.

“A sociedade tem presenciado uma escala crescente da prática de crimes patrimonias, homicí­dios e portes de arma de fogo, os quais, no mais das vezes, estão intimamente ligados ao comércio de drogas, disputa pela venda e dí­vidas com traficantes, sendo que os responsáveis pelo tráfico devem ser coibidos e impedidos de dar continuidade a tal empreendimento”, descreve o parecer do Ministério Público de Mato Grosso do Sul ao defender a manutenção dos homens na cadeia.

“Como é cediço, o comércio de substâncias entorpecentes é o motor propulsor da sanha criminosa de muitos indiví­duos, que, ávidos por saciar seu ví­cio com a droga, cometem toda atrocidade de crimes. Deve, portanto, ser reprimido com maior rispidez”, completa o texto.

Operação

O grupo foi capturado como parte da operação Horus, que recebeu reforço na fronteira depois das execuções ocorridas um más atrás, quando a violáncia teve um recrudescimento, com cinco mortes em menos de 24 horas.

Haylee Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos, filha de Ronald Acevedo, governador do estado de Amambay, no Paraguai, foi morta junto com mais trás pessoas, na saí­da de uma festa, no dia 9 de outubro.

Além dessa chacina, um dia antes o vereador Farid Afif, de Ponta Porã, foi executado a tiros quando andava de bicicleta. Ninguém foi preso ainda por esse crime, que completa um más hoje.

Fonte: Marta Ferreira, g1 MS

2021-11-09 08:09:00

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