O dia 19 de abril, marcado como uma data comemorativa ao Dia do índio, sempre traz í tona reflexões sobre a realidade indígena no Brasil. Desde 2020, a pandemia do coronavírus tornou o mundo imunologicamente suscetível a um vírus. Diante deste cenário, o Grupo A Gazeta buscou informações sobre a luta contra a Covid-19 nas aldeias locais e constatou que após um amplo trabalho de conscientização, os indígenas tám buscado se proteger do vírus.
No município de Aral Moreira a meta é vacinar 474 indígenas. Até o momento 362 pessoas receberam a primeira dose e 268 já foram imunizadas com as duas doses. No início da vacinação foram registrados 29 casos ativos. Até nesta segunda-feira, dia 19, a comunidade indígena não apresentava nenhum caso ativo de Coronavírus. No total, em relação a meta, foram totalmente imunizados com as duas doses 56,12% dos indígenas aralmoreirenses.
Conforme publicação da Plataforma de monitoramento da situação indígena na pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil, diferentes estudos atestam que povos indígenas são mais vulneráveis a epidemias em função de condições sociais, econômicas e de saúde piores do que as dos não indígenas, o que amplifica o potencial de disseminação de doenças.
Aral Moreira possui duas aldeias em seu território: Guassuty e Guaiviry. Juntas elas totalizam 896 moradores. A Aldeia Guassuty é a mais populosa com 773 pessoas, enquanto a Guaiviry possui 123 moradores.
Amambai
De acordo com os profissionais de saúde no início da vacinação havia muita resistáncia por parte da comunidade indígena. A agente de saúde, Crescencia Martins, que reside na Aldeia Amambai, houve uma grande disseminação de informações equivocadas sobre a vacina, causando medo na comunidade.
âNo início eram muitos fake news e que a comunidade estava acreditando. Conforme eles foram vendo a gravidade da doença, os óbitos, começaram a entender mais sobre os cuidados. Assim também foi com a vacina. Agora essa resistáncia é mínima. Na minha microárea só não foram vacinados aqueles que não estão na aldeia, estão trabalhando nas usinas ou em fazendas, mas que em breve serão imunizados. Quase 100% da microárea que eu atuo está vacinadaâ, conta a agente de saúde, acrescentando que os profissionais responsáveis pela vacinação da comunidade indígena tám trabalhado continuamente, incluindo nos finais de semanas e feriados.
A resistáncia pela vacina ainda existe, mas tem sido amenizada com o trabalho de conscientização dos profissionais de saúde e com os resultados quem tám demonstrado a diminuição no número de contaminados. Esta realidade foi a mesma descrita nas aldeias próximo ao município de de Amambai.
Brasil
Conforme o levantamento de dados realizado Plataforma de monitoramento da situação indígena na pandemia do novo coronavírus (Covid-19), usando de base os boletins epidemiológicos oficiais do governo, ao todo no Brasil foram registrados 640 óbitos nas comunidades indígenas até segunda-feira, dia 19.
A plataforma também estudos mais aprofundados e um histórico das epidemias que já atingiram as comunidades indígenas desde 150.
Fonte: Raquel Fernandes/ Grupo A Gazeta
2021-04-20 08:07:00