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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Homens “empacotados” em Aral Moreira foram esfaqueados e espancados; um levou tiro na nuca

Os dois paraguaios executados e jogados enrolados em cobertores e lona de plástico na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai foram esfaqueados e espancados. Os golpes contundentes desfiguraram o rosto das ví­timas. Somente um deles tinha ferimento de bala, na nuca, indicando execução í  curta distância.

Os corpos de Felipe Rivas Ojeda, 29, e Marcelo Sachelardi González, 30, foram encontrados segunda-feira (15) na beira de estrada vicinal e ao lado de plantação de soja no Assentamento Santa Catarina, próximo í  região conhecida como 3 Placas, a 40 km do perí­metro urbano de Aral Moreira, na fronteira com o Paraguai.

A autopsia foi feita pelo IML (Instituto Médico Legal) em Ponta Porã, comarca í  qual pertence o municí­pio de Aral Moreira. A perí­cia da Polí­cia Civil constatou que corpos já estavam em decomposição, o que levanta hipótese de que os dois tenham sido mortos no lado paraguaio e “desovados” no Brasil para dificultar as investigações.

A identificação de Marcelo Sachelardi González já tinha sido confirmada oficialmente ontem pela Polí­cia Nacional do Paraguai. Felipe Ojeda também tinha sido reconhecido pela famí­lia, mas faltava o documento para formalizar a identidade do morto.

No dia de ontem, policiais paraguaios informaram aos colegas brasileiros em Ponta Porã que a famí­lia apresentou a certidão de nascimento de Felipe.

O Campo Grande News apurou que mesmo com o reconhecimento pelos familiares na polí­cia do Paraguai, policiais sul-mato-grossenses coletaram impressões digitais e material de DNA dos corpos e dos familiares que fizeram a identificação.

As amostras foram enviadas para o laboratório da Polí­cia Civil em Campo Grande. O procedimento é para garantir que de fato se tratam das pessoas reconhecidas, já que os rostos estavam desfigurados pelas agressões e pela decomposição.

Lavouras de maconha – Os dois homens moravam em Capitán Bado, cidade paraguaia vizinha de Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande. Ontem í  noite, a reportagem apurou que Felipe e Marcelo eram ligados ao tráfico de maconha na fronteira.

Fotos mostram Marcelo em uma lavoura da maconha e Felipe em frente a um acampamento usado para processamento da droga. Historicamente, a área rural de Capitán Bado é grande produtora de maconha da linha internacional.

Fonte: Helio de Freitas/ Campo Grande News

2021-02-18 08:55:00

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