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sábado, 23 de novembro de 2024

Auxílio Emergencial injetou aproximadamente R$ 50 milhões no Cone Sul

Mais de 67 mil pessoas receberam o auxí­lio emergencial no Cone Sul do MS. O benefí­cio é destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, mães solteiras, autônomos e desempregados, como forma de proteção emergencial no perí­odo de enfrentamento í  crise causada pela pandemia do novo coronaví­rus (Covid 19), pelo perí­odo de trás meses. No dia 30 de junho, o Governo Federal anunciou que o benefí­cio será prorrogado por mais dois meses.

De acordo com os dados do Portal da Transparáncia só do auxí­lio emergencial, o Cone Sul do MS (Amambai, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Caarapó, Tacuru, Sete Quedas, Paranhos, Juti, Naviraí­, Itaquiraí­, Eldorado, Iguatemi, Mundo Novo e Japorã) recebeu aproximadamente R$ 50 milhões divididos entre 67.851 beneficiários.  Confira no mapa a quantidade que cada municí­pio já recebeu.

Arte: Grupo A Gazeta

A chegada do auxí­lio não só animou quem recebeu o dinheiro, como também renovou as esperanças do comércio da região. O presidente da ACIA (Associação Comercial e Empresarial de Amambai), Clemente Júnior, comenta que a associação está atenta aos reflexos da pandemia e em levantamento recente, constataram um saldo positivo junto í s empresas do municí­pio, considerada. “Sem dúvida que esse auxí­lio ajudou e muito. O nosso comércio, com pouquí­ssimas exceções, não sentiu praticamente nada e alguns setores ainda tiveram um aumento de receita”, comenta o presidente, acrescentando ainda que a economia do municí­pio tem se beneficiado também com o bom momento que vive o agronegócio.

O municí­pio de Paranhos recebeu R$ 2,71 milhões de benefí­cio emergencial. Foto: Eduardo Araújo

Baseado no estudo ;Efeitos do desemprego, do Auxí­lio Emergencial e do Programa Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (MP 936) sobre a renda, a pobreza e a desigualdade durante e depois da pandemia; do Rogério Jerônimo Barbosa (USP) e Ian Prates (Cebrap), o economista Thiago Gastaldello explica que os valores disponibilizados tendem a movimentar a economia, mas faz um alerta para o perí­odo pós-pandemia. 

“O volume de recursos transferidos para os moradores do Cone Sul merece uma ;comemoração cautelosa;. Comemora-se o fato de que inúmeras famí­lias não ficaram í  margem da polí­tica pública durante a pandemia. Ocorre que o benefí­cio tem caráter emergencial e é voltado justamente í  população de baixa renda. Assim, o volume de recursos transferidos reflete também nossas desigualdades: quanto maior a pobreza, maiores são os recursos disponibilizados. Em muitos casos, o valor do benefí­cio chega a ser superior í  renda domiciliar das famí­lias atendidas, o que representa uma ampliação momentânea da renda. Esse aumento na renda pode ajudar a explicar a ampliação das vendas em determinados segmentos. Mas é importante que nos lembremos de que o objetivo do programa não é o de combater desigualdades sociais, mas sim o de minimizar os impactos econômicos da pandemia. E quando a pandemia e o benefí­cio acabarem, o que devemos esperar? A recuperação econômica não ocorre do dia para a noite. Pesquisadores da USP e do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) já apontam que, extinta a Renda Básica Emergencial, a pobreza pode atingir um quarto da população brasileira e a desigualdade pode voltar a crescer vertiginosamente”, analisa o economista.

Fila da caixa para o saque do benefí­cio emergencial em Caarapó. Foto: José Carlos/Caaraponews

Fonte: Raquel Fernandes/ Grupo A Gazeta

2020-07-09 10:33:00

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