Em meio a um volume de incándios que coloca Mato Grosso do Sul entre os líderes nacionais de queimadas âe que, apenas no Pantanal, já consumiram 2,5 mil hectares desde o fim de julhoâ, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirma que parcerias com órgãos federais e a conscientização da população para evitar o uso do fogo para limpeza de terras são essenciais para conter o problema. Além, é claro, de torcer pelo fim do extenso período de estiagem.
âTemos parceria com o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) para combate a incándios, mas isso é algo que se deve ao longo período de estiagem, talvez um dos mais longos que já enfrentamos. E não é um problema só de Mato Grosso do Sul: vários Estados tám sido focos de incándiosâ, disse o governador na noite desta quarta-feira (21), momentos antes de solenidade para entrega de homenagens alusivas aos 120 anos de Campo Grande, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo.
Segundo Reinaldo, é necessário neste momento âreforçar a parceria entre Ibama e bombeiros e pedir consciáncia da população. Muitos desses incándios poderiam ser evitados, como na beira de rodovias, causados por pessoas que fazem uso do fogoâ. Além disso, frisou, âé torcer para São Pedro mandar chuva para parar a estiagemâ. A maior parte do Estado está há 36 dias sem registrar chuvas significativas.
Reportagens do Campo Grande News mostram que, neste ano, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais) contabiliza mais de 14 mil focos de incándio no Estado entre 1º e 18 de agosto, volume 275% superior a todo o registrado no mesmo período de 2018 (1.068 focos).
Apenas em Corumbá âa 419 km da Capitalâ, desde 26 de julho, incándios consumiram 2,5 mil hectares de áreas, o equivalente a 3,5 mil campos de futebol. No leste, o fogo consumiu boa parte do Parque Nacional da Ilha Grande, entre Mato Grosso do Sul e o Paraná.
O Corpo de Bombeiros também registrou aumento de 27% no total de queimadas nas margens de rodovias no Estado, com 167 ocorráncias entre 1º de janeiro e hoje, reduzindo a visibilidade e criando condições para acidentes.
Fonte: Humberto Marques / Campo Grande News
2019-08-22 09:48:00