Moradores de Naviraí estão apreensivos com a possibilidade de um âsurto de gripeâ no município e falta de estrutura do hospital para lidar com a questão. Na última terça-feira (6), Elenice do Prado, de 59 anos, morreu com H3N2.
O problema, segundo a empresária e filha da vítima Eliane Prado, de 34 anos, é que ela não ficou âisoladaâ, oferecendo risco para outras pessoas internadas na Santa Casa do município, onde ela estava.
Curiosamente, nesta mesma semana ao menos mais trás pessoas morreram vítimas de problemas respiratórios, informação confirmada pelas funerárias do município. A secretaria municipal de Saúde nega qualquer problema.
âEla ficou lá tomando remedinho de pneumonia e não era a doença que ela tinhaâ, declara Eliane. Para ela, tanto o hospital quanto os postos de saúde do município estão tratando como âgripezinhaâ, um problema muito mais sério.
As funerárias da cidade confirmam que entre os dias 3 e 6 deste más ocorreram sete mortes. Com base nos registros de óbitos, uma delas confirmou ao menos dois casos de pneumonia e outro de insuficiáncia respiratória.
Questionado sobre o problema o secretário municipal de Saúde, Welligton de Mattos Santussi respondeu que, do início do ano até agora os 47 casos de gripe confirmados no município foram tratados. Ainda segundo ele, sobre esse último caso não há evidências clínicas que o óbito ocorreu em decorráncia do vírus.
âTemos em média 50 óbitos de pessoas internadas por ano. Seria um cataclismo [desastre] sete pela mesma doença em tão pouco tempoâ.
Sobre o tipo de atendimento, incluindo reclamação na demora em se fazer os exames, ele comenta que o procedimento padrão tem sido feito. Isto é enviar para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Campo Grande.
Fonte: Maressa Mendonça / Campo Grande News
2019-08-15 08:57:00