Um dos principais referáncias do Brasil em saúde, o infectologista Rivaldo Venâncio, alerta que regiões como Mato Grosso do Sul enfrentarão epidemias de chikungunya. âí questão de tempoâ, diz o coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referáncia da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Durante participação nesta terça-feira (23) da 71ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciáncia), na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, o infectologista explicou que o primeiro passo para chegar a esta situação é ter a presença de mosquitos transmissores, o que já é realidade pelo Aedes Aegypti ser o mesmo transmissor da dengue.
Também é necessário que as pessoas sejam suscetíveis a doença. Recentemente o Estado enfrentou epidemia de dengue. âAs pessoas estão aptas a pegarâ, diz. Outro agravante é ainda não haver uma vacina de combate í doença.
Durante a mesa-redonda, o especialista afirma que é necessário um novo sistema de controle de vetores para o combate e que o atual modus operandi âestá falidoâ. âFoi eficiente na época de Oswaldo Cruz. Sem novos aportes tecnológicos continuaremos convivendo com novas epidemias, independente dos governantesâ, afirmou.
De acordo com o último boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde), divulgado no dia 19 de junho, o Estado registrou neste ano 18 casos de chikungunya. Metade desses casos foi em Dourados. Os outros foram em Campo Grande, com 2, Bela Vista, Bonito, Coxim, Jardim, Sidrolândia, Terenos e Trás Lagoas.
Fonte: Gabriel Neris e Jones Mário
2019-07-24 08:31:00