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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Frente vai buscar ações para efetivar uso das 126 unidades de conservação de MS

Com grande riqueza de fauna e flora, Mato Grosso do Sul tem 126 unidades de conservação ambiental. São 5,5 milhões de hectares, que poderiam ser melhor aproveitados para turismo, pesquisa, educação ambiental, entre outras finalidades de caracterí­stica sustentável. Para que haja avanços nesse sentido, foi instalada, na tarde desta terça-feira (03), a Frente Parlamentar para o Desenvolvimento das Unidades de Conservação Ambiental do Estado, coordenada pelo deputado Renato Câmara (MDB). A reunião foi realizada no Plenarinho Deputado Nelito Câmara, na Casa de Leis.

Renato Câmara destacou a importância da Frente Parlamentar

A maior parte do encontro foi destinada para discussão sobre as unidades de conservação ambiental no Estado. O assunto foi tratado na palestra “Apresentação das unidades de conservação de Mato Grosso do Sul”, proferida pelo turismólogo Leonardo Tostes Palma, gerente das Unidades de Conservação do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Com base na Lei 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Conservação da Natureza (SNUC), Palma afirmou que unidades de conservação são “espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com caracterí­sticas naturais relevantes, legalmente instituí­dos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção da lei;.

Conforme detalhamento de Leonardo Palma, das 126 unidades de conservação de Mato Grosso do Sul, 16 são federais, 50 estaduais e 60 municipais. São parques, monumentos naturais e íreas de Proteção Ambiental (APAs), que podem ser usados, dependendo de cada situação, para o turismo ecológico, pesquisas cientí­ficas, educação ambiental e recreação. ;Algo muito interessante e que representa um grande mercado é a observação de aves;, exemplificou o turismólogo.

Na prática, isso tudo significa geração de riqueza expressiva, de modo sustentável. Levantamento do Instituto ICMBio, citado pelo deputado Renato Câmara, durante a reunião, mostra que 10 milhões de pessoas visitaram as unidades de conservação ambiental brasileiras durante 2017. Conforme o parlamentar, esse número é significativo para Mato Grosso do Sul devido ao grande potencial do Estado. “Nosso patrimônio natural precisa ser melhor notado. Muitos sul-mato-grossenses viajam longe para conhecer outros lugares e não percebem o que está do seu lado”, considerou.

Próximo da meta, mas muito a ser feito

Leonardo Palma explanou sobre as unidades de conservação de MS

De acordo com Leonardo Palma, o í­ndice apresentado por Mato Grosso do Sul está próximo ao definido como meta internacional. Ele informou que até 2020 pelo menos 17% de áreas terrestres e águas continentais deverão ser conservadas por meio de sistemas de áreas protegidas. Isso é o que estabelece a Meta 11 do Plano Estratégico de Biodiversidade, aprovado na 10ª Conferáncia das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-10), realizada em 2010  na cidade de Nagoya, Proví­ncia de Aichi, no Japão.

“Temos que perseguir essa meta”, defendeu Palma. Ele afirmou que os 5,5 milhões de hectares de área de conservação ambiental de Mato Grosso do Sul equivalem a 15,5% do território do Estado. “Mas precisamos alcançar o mí­nimo de 17%”, ponderou. Além disso, de acordo com ele, é necessário criar mecanismos para preservar e usar sustentavelmente as unidades já existentes. Essas ações serão discutidas nas próximas reuniões da Frente.  

Frente parlamentar

Instituí­da pelo Ato da Mesa Diretora 4/2019, em 13 de fevereiro deste ano, a Frente Parlamentar para o Desenvolvimento das Unidades de Conservação Ambiental do Estado conta com a participação de representantes de 24 entidades, que assinaram, durante a reunião de hoje, o termo de posse. Também integram o grupo de trabalho, além do coordenador Renato Câmara, os deputados Antônio Vaz (PRB), Coronel David (PSL), Eduardo Rocha (MDB), Evander Vendramini (PP), Herculano Borges (SD), Jamilson Name (PDT), João Henrique (PL), Lidio Lopes (PATRI) e Marcio Fernandes (MDB).

Abaixo, está a relação das entidades, que compõem a Frente Parlamentar, com seus representantes titulares e suplentes:

FUNDTUR: Geancarlo de Lima Merighi e Débora Bordin Fluhr

Imasul: Leonardo Tostes Palma e Flávia Neri de Moura

SINGTUR/MS: Leandro Carlos Silva Matos e Yolanda Prantl Mangieri

Assomasul: Eraldo Jorge Leite e Roberto Tavares Almeida

Famasul: Marcelo Bertoni e Daniele Coelho Marques

IFMS: Claudio Zarate Sanavria e Arlei Teodoro de Queiroz

Asmea: Luiz Marcelo Verão da Fonseca e Ilse Dubiela Junges

Instituto Quinta do Sol: Maria do Carmo Andrade Santos e Lidia Coimbra de Assis

GEBIO: Claudenice Faxina e Silvana Lima dos Santos

Conselho do APA: Silvia Queiroz e Lejania Najara Ribeiro Malheiros

SED: Marcos Vinicius Campelo Junior e Dilan de Andrade Hugo

UEMS: Afranio José Soriano Soares

Semagro: Rogério Thomitão Beretta e Sylvia Torrecilha

UFGD: Paulino Barroso Medina Junior e Sandro Menezes Silva

Agraer: Jadir Bocato e Leda Regina Monteiro Perdomo

Ecoa: André Luiz Siqueira e Rafael Morais Chiaravalloti

UNIDERP: José Sabino e Luciana Paes de Andrade

Bion Consultoria: Fabricio de Souza Maria e Lúcia Maria Oliveira Monteiro

MP/MS: Luciano Furtado Loubet e Andréia CristinaPerez da Silva

IPHAN: Zafenathy Carvalho de Paiva e Silvia Teresa Mercado Cedron

IABS: Liliane Lacerda e Jeferson Aparecido Almeida da Silva

Fiocruz: Ana Tereza Gomes Guerrero               

Rotary Clube CG: Ana Luzia de Almeida Martins Abrão e Alex Walber

Sinterpa: Edimilson Volpe e Ana Cristina Araujo Ajala

Fonte: Osvaldo Júnior 

2019-07-05 10:12:00

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