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quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Advogados apelam ao MPF contra ação policial em área de conflito

Um grupo de advogados apelou ao MPF (Ministério Público Federal) para que acompanhe de perto o inquérito já aberto para investigar o conflito entre policiais e indí­genas ocorrido na última segunda-feira (27), em uma fazenda de Caarapó. As denúncias envolvem irregularidades no tratamento considerado “despropocional” contra a comunidade.

O pedido, assinado pelos advogados Lairson Palermo e Edivaldo Cardoso, denuncia irregularidades no tratamento de policiais militares e agentes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), bem como grupamento aéreo , dado aos indí­genas durante operação de desocupação da Fazenda Santa Maria.

 

O texto ressalta que a operação não se justifica, pois não se tratou de um ato de demarcação, e sim para prender um idoso de 70 anos.

“Uma demonstração de força desproporcional contra indí­genas; uma ação de guerra”, destaca.
A invasão da fazenda Santa Maria levou clima de guerra para a área, que fica a 25 quilômetros da região central da cidade, na margem da estrada que liga ao municí­pio de Laguna Carapã.

A propriedade é reivindicada por moradores da aldeia Tey Kuá como parte do Território Dourados Amambay-Peguá, identificado em estudos publicados em maio de 2016.

Pelo menos outras 17 propriedades rurais estão ocupadas por í­ndios no municí­pio de Caarapó. Em julho do ano passado, os í­ndios tentaram invadir a fazenda Santa Maria, mas recuaram após a chegada de homens da Força Nacional e policiais militares.

Em junho de 2016, produtores rurais enfrentaram os í­ndios durante ocupação da fazenda Yvú, a poucos quilômetros do local. Um agente de saúde indí­gena morreu e outros seis í­ndios ficaram feridos.

Fonte: CG News

2018-09-03 09:46:17

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